Lessa é apontado como suspeito na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018
O policial Ronnie Lessa, apontado como suspeito na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018, foi condenado pela Justiça em processo que respondia por tráfico internacional de armas, acessórios e de munição.
O policial foi condenado a cinco anos de prisão pela importação de 16 peças de fuzil em 2017. Na ocasião, um pacote vindo de Hong Kong foi apreendido pela Receita Federal no Aeroporto Internacional do Galeão. Na caixa, o destinatário era uma academia de musculação, mas na verdade, o destino era um apartamento de Lessa, onde, segundo a investigação da Polícia Federal, ele armazenava e montava armas.
Para a PF e o Ministério Público Federal, os artefatos apreendidos são quebra-chamas, usados para diminuir o clarão gerado por disparos de armas de fogo. Na época da apreensão, o produto era de uso restrito no Brasil.
A defesa de Lessa contestou a versão e disse que os 16 acessórios eram os chamado “freios de boca”, que diminuem o movimento da arma assim que um tiro é disparado.
A Justiça considerou os fatos graves “tendo em vista a finalidade dos acessórios apreendidos” e que se “destina a dificultar a identificação da origem dos disparos de fuzis AR-15, ordinariamente empregados por organizações criminosas que controlam vastos territórios da cidade do Rio de Janeiro”, informa a decisão, a que o blog teve acesso.
A mulher de Lessa, Elaine, que também respondia ao processo, foi inocentada. (bahia.ba)
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