A Justiça acatou solicitação da Polícia Civil e expediu mandado de busca e apreensão do celular de Najila Trindade. A modelo, que acusa Neymar de estupro, não entregou o aparelho depois de promessa feita em seu depoimento. No telefone, poderiam estar armazenadas provas do caso. O jogador nega as acusações. Em depoimento prestado no início deste mês, Najila prometeu às autoridades que entregaria o celular até às 20 horas do dia 11 de junho. Como Najila não entregou o aparelho, as autoridades da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher de São Paulo fizeram o pedido à Justiça para busca e apreensão para retirar o telefone no apartamento da modelo.
O UOL Esporte apurou que a solicitação chegou ao Fórum de Santo Amaro e o Ministério Público se manifestou a favor do pedido de busca e apreensão apenas para colher dados de conversas de Najila com Neymar e com uma amiga. No final da tarde do dia 12 de junho, o pedido foi aprovado. Apesar disso, o UOL Esporte apurou que a Polícia Civil não conseguiu cumprir o mandado até o momento. A modelo não é vista há dias no apartamento em que morava e que alega ter sido arrombado.
Najila afirma ter um vídeo de sete minutos em seu celular, gravado no segundo encontro com Neymar, em 16 de maio. Este seria a versão completa do vídeo que viralizou e mostrava a modelo dando tapas em Neymar e reclamando sobre a noite anterior. As mensagens entre ela e o jogador também estariam no aparelho. O não-fornecimento do celular levou o advogado Danilo Garcia de Andrade a renunciar à causa da modelo.
O novo advogado de Najila Trindade, Cosme Araújo, disse à reportagem que não tem conhecimento sobre o mandado e que desembarcará em São Paulo possivelmente esta semana. Como a investigação segue em segredo de justiça, a polícia civil não se manifestou sobre o cumprimento do mandado.
Beatriz Cesarini, Felipe Pereira e Karla Torralba / UOL, em São Paulo