‘Lamentável’, diz Major Olimpio sobre adiamento de votação da Previdência

'É necessário votar a Previdência, o Brasil precisa disso. Vamos parar com esses argumentos e vamos cumprir a nossa obrigação', disse o líder do PSL no Senado (Geraldo Magela/Ag. Senado)
'É necessário votar a Previdência, o Brasil precisa disso. Vamos parar com esses argumentos e vamos cumprir a nossa obrigação', disse o líder do PSL no Senado (Geraldo Magela/Ag. Senado)

O senador Major Olimpio (PSL-SP) classificou como “lamentável” a decisão do Senado de adiar a votação em primeiro turno da reforma da Previdência que ocorreria nesta terça-feira, 24, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. A sessão que vai votar a nova versão do relatório da proposta deve ocorrer na terça-feira da semana que vem, dia 1º.

A decisão, anunciada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), é uma resposta à operação da Polícia Federal que teve como alvo o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), na semana passada.

“Argumentos menores. Em se dizer que seria em apoio ao líder do governo, Fernando Bezerra, porque o Supremo determinou uma busca e apreensão no gabinete dele por acusação de propina. O Brasil não merece isso, é uma atitude menor do Senado neste momento. É necessário votar a Previdência, o Brasil precisa disso. Vamos parar com esses argumentos e vamos cumprir a nossa obrigação”, disse o líder do PSL no Senado.

Ao anunciar o adiamento da sessão, Alcolumbre afirmou que “este é o momento de reafirmação do Poder Legislativo”. Alcolumbre e líderes do Senado se reuniram nesta terça-feira com o presidente do STF, ministro Dias Toffoli. O Senado entrou com uma ação na Corte questionando a operação da PF e a decisão do ministro Luís Roberto Barroso de autorizar a busca e apreensão nos gabinetes de Bezerra. O presidente do Senado negou que a ação seja “corporativista”. Para ele, o movimento visa à “estabilidade democrática”.

Em sua conta oficial no Twitter, Alcolumbre afirmou que a decisão de Barroso foi monocrática e não respeitou “o princípio da independência entre os Poderes”. O presidente do Senado disse, ainda, que não há prejuízo ao cronograma da reforma. “O calendário permanece o mesmo, a votação, em segundo turno, da PEC 6/2019 será na primeira quinzena de outubro”, diz outra publicação. (Veja)

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