Lula defende Pochmann no IBGE e diz não ter atropelado Tebet em nomeação

Lula afirmou que “não é aceitável que as pessoas tentem criar uma imagem negativa” de seu indicado para liderar a entidade de pesquisa.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Lula (PT), defendeu nesta terça-feira (1), a indicação do economista Márcio Pochmann, para assumir a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A declaração do petista acontece após a indicação de Pochmann ser alvo de críticas por uma ala de economistas sob o argumento de que teria um perfil intervencionista para presidir o instituto

Lula afirmou que “não é aceitável que as pessoas tentem criar uma imagem negativa” de seu indicado para liderar a entidade de pesquisa.

“É um dos grandes intelectuais desse país. É um rapaz extremamente preparado. Esse rapaz eu escolhi ele porque eu confio na capacidade intelectual dele, é um pesquisador exímio. Agora algumas pessoas que possivelmente queriam ir para lá ficam colocando dúvida sobre a idoneidade do Pochmann”, explicou.

O presidente negou também as acusações do economista manipular dados de condições sociais e econômicas do Brasil em censos do IBGE.

“Quem tem história como a que vocês me ajudaram a construir não vai precisar manipular dado para fazer as coisas”, pontuou.

Lula comentou ainda que a decisão não atropelou a ministra do Planejamento, Simone Tebet, ao nomear o economista, já que segundo ele “presidente não atropela”.

“Simone não tem nada a ver com isso. A Simone é uma das coisas boas que aconteceu no meu governo, tem muita qualidade e muita seriedade. Tentaram inventar briga”, disse. Ele afirmou que a ministra sempre soube que Pochmann era seu escolhido para o cargo.

Márcio Pochmann já ocupou cargos de destaque em gestões petistas em diferentes ocasiões. Já foi diretor da Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade durante mandato de Marta Suplicy como prefeita em São Paulo entre 2001 a 2004; depois foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2007 a 2012, gestão onde foi registrada polêmicas, com acusações de aparelhamento político à época.

Já em junho de 2012, o economista deixou a presidência do instituto para concorrer pela primeira vez à Prefeitura de Campinas (SP), mas foi derrotado nas urnas. (bahia.ba)

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