Lula é aconselhado a firmar cooperação com EUA para investigar Bolsonaro

Segundo conselheiros jurídicos, a presença de Bolsonaro e Anderson Torres em Orlando no dia do atentado terrorista em Brasília seria uma das justificativas

Foto: redes sociais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido aconselhado a buscar uma cooperação internacional com os Estados Unidos para investigar se Jair Bolsonaro (PL) e os filhos do ex-chefe do Executivo têm envolvimento com os atos de terrorismo do último domingo (8), em Brasília (DF).

De acordo com informações da coluna de Bela Megale, na Folha de S. Paulo, conselheiro da área jurídica apontam que existem justificativas suficientes para embasar o pedido junto às autoridades americanas, a exemplo da presença de Bolsonaro e do ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres em Orlando, no momento em que acontecia o atentado. A situação agrava ainda mais pelo fato do ex-ministro já ter uma ordem de prisão decretada pela Justiça brasileira.

Ainda segundo a coluna, outro motivo para a cooperação seria uma viagem do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) a Miami após a derrota do pai nas eleições, quando teve encontros com Donald Trump. Na ocasião, ele teria sido aconselhado por estrategistas do ex-presidente dos EUA a contestar o resultado das urnas.

Conforme apurou a coluna, o pedido para a cooperação internacional se daria por meio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), subordinado à Secretaria Nacional de Justiça, do Ministério da Justiça. Para avançar, entretanto, é preciso que Bolsonaro seja alvo de investigação criminal e haja ordem judicial expedida no Brasil para o órgão. (ba)

google news