O número de mortes de mulheres por 100 mil habitantes causadas pelo consumo de álcool aumentou 7,5% entre 2010 e 2021, enquanto o número de homens que vieram a óbito em razão da bebida caiu 4,8%.
É o que apontam os dados preliminares da 5ª edição da publicação “Álcool e Saúde dos Brasileiros: Panorama 2023”. O levantamento apresenta a atualização dos dados sobre o impacto do uso nocivo de álcool na população do Brasil em 2021 e análises comparativas entre 2010 e 2021.
A publicação completa, elaborada pelo Cisa (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool) será lançada nesta quarta-feira (26).
Quando considerados os índices gerais do país, incluindo ambos os sexos, houve queda tanto no número de mortes quanto de internações decorrentes do consumo de bebidas alcoólicas, – 4,8% e -8,8%, quando comparadas as taxas por 100 mil habitantes, respectivamente.
Entre os homens, houve também diminuição no número de internações, com uma queda de 13%. Já o número de mulheres hospitalizadas em consequência da bebida aumentou 5%.
Em 2010, foram contabilizadas 129,1 internações por 100 mil habitantes, já em 2021 foram 111,9. O número de óbitos passou de 26,9 para 24,7 por 100 mil habitantes.
Já entre as mulheres, em 2010, foram registradas 43,8 internações e em 2021 45, 8 internações por 100 mil habitantes. Em 2010 morreram 7,1 mulheres pela bebida, já em 2021 foram 7,6 mulheres por 100 mil habitantes.
Arthur Guerra, psiquiatra e presidente do Cisa, afirma que o aumento do consumo de álcool por mulheres desperta a atenção de profissionais de saúde mundialmente e a preocupação ganha maior relevância quando os dados indicam impactos cada vez mais significativos na vida de tantas mulheres, como no Brasil.
Embora homens continuem sendo as maiores vítimas, o especialista defende que é urgente a elaboração de medidas voltadas para a prevenção do uso nocivo de álcool pelas brasileiras.
(CNN)