O formato, a textura e até a cor do seu cocô podem trazer um sinal de que algo está errado no seu corpo. Isso mesmo: as fezes podem ser o primeiro meio de se descobrir alguma anomalia, bem antes de qualquer outro sintoma. Se ele não está marrom, em forma de salsicha e afundando, o intestino está lhe avisando que algo não está muito certo.
“Um dia observei que minhas fezes estavam finas, sem consistência. Ela foi ficando clara, quase branca. Também saía feito uma gosma, como uma clara de ovo. Fiquei bastante tempo assim, mas não procurei um médico, não dei a devida atenção”, lembra uma professora, que preferiu o anonimato.
Ela só procurou um profissional quando outros sintomas estranhos no corpo começaram a aparecer. Acabou descobrindo um câncer no ânus, hoje controlado. Contudo, o tratamento poderia ter sido antecipado se as mensagens das fezes tivessem sido levadas em consideração.
Confira abaixo um ‘Manual do Cocô’, que pode te ajudar a fazer esse controle diário do excremento, possivelmente antecipando algum tipo de problema:
FORMAS
Bolinhas (presas ou soltas): Pode indicar dificuldade de evacuar (constipação) diariamente. Também tem relação com pouca hidratação. Se alimente melhor e beba mais água.
Em forma de salsicha: O mais indicado. Significa que seu intestino está trabalhando bem.
Mole com partes líquidas: Prenúncio de que algo está errado. Pode indicar má alimentação – rica em gordura saturada. Melhor rever seus hábitos.
Líquido: Comum no piriri. Pode indicar infecção alimentar, intolerância a algum alimento ingerido, uso de medicamentos fortes ou alergias. Se a diarreia persistir, procure um médico.
CORES
Marrom: O ideal. Esta cor vem de fluidos produzidos pelo fígado.
Amarelo: Você está consumindo muita gordura e seu intestino não está absolvendo. Geralmente flutua e tem um forte odor.
Branco ou cinza: Pode indicar algum problema no fígado, pâncreas ou vesícula biliar. Procure um médico.
Preto: Pode ser um simples consumo exagerado de vinho, sangramento no início do aparelho digestivo ou algum problema na digestão. É o campeão do mau cheiro.
Vermelho: Consumir alimentos como beterraba fazem o cocô ficar desta cor. Porém, também pode ser sangramento interno ou hemorroida.
Verde: A cor de quem faz muito uso de suplementos e dietas a base de ferro. Também pode indicar alguma infecção bacteriana.
Cocô em números
- 1 tonelada – É a quantidade de cocô defecado pela baleia-azul, todo dia. É o recorde no reino animal. Em seguida, vem o elefante, com 90 quilos.
- R$ 15 – É o valor médio de 1 quilo de esterco de boi. Ele serve para adubar hortas e plantas.
- R$ 95 – É o preço de 100g do café Jacu, que na verdade é o cocô de um pássaro que dá nome a bebida. A ave come grãos de café.
- 150g – Quantidade de cocô que um adulto produz por dia, em média
- 75% – Do cocô humano é composto por água
- 45 dias – Foi o tempo que um detento na Inglaterra ficou sem defecar
- Número três – Segundo especialistas, defecar três vezes ao dia ou a cada três dias está na normalidade. (Correio da Bahia)