Médico é preso em flagrante por suspeita de racismo contra auditora terceirizada da Secretaria de Saúde da Bahia

Caso aconteceu em Itabuna, no sul do estado, nesta quarta-feira (21). Obstetra teria dito que profissional negra era bonita por ter “sangue branco”.

Foto: Reprodução/TV Santa Cruz

Um médico obstetra foi preso em flagrante nesta quarta-feira (21) por suspeita de racismo. O crime foi cometido contra uma auditora que prestava serviço para a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), em Itabuna, no sul do estado.

Um médico foi preso em flagrante nesta quarta-feira (21) por suspeita de racismo. O crime foi cometido contra uma auditora que prestava serviço para a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), em Itabuna, no sul do estado.

A profissional viajou até o município para fazer uma auditoria na Maternidade Otaciana Pinto, onde o obstetra Luís Leite estava de plantão mais cedo.

A auditora, que é uma mulher negra, descreveu a agressão em depoimento à Polícia Civil.

“A vítima diz que trata-se de uma frase racista, ela estava no hospital quando foi abordada por esse médico, elogiando a cor da pele e afirmando que se ela tem uma pele bonita é porque ela tem sangue de branco”, detalhou a delegada Lisdeili Nobre, antes de repetir outra ofensa racista que teria sido proferida pelo obstetra:

“Você já viu alguém com pele preta ser bonita assim? Então, afirmo que se você é bonita é porque você tem sangue branco”.

Após a prisão, o obstetra foi encaminhado para o Conjunto Penal de Itabuna. A defesa dele nega a acusação.

De acordo com a advogada Linda Andrade, Leite apenas “avistou a moça” e “fez um elogio para o colega de trabalho dele”.

“Comentou que a moça era bonita, tinha a pele bonita. Ele, em momento algum, dirigiu a palavra pra moça ou dirigiu esse elogio pra suposta vítima”, justificou.

A advogada vai ingressar com um pedido judicial para que o obstetra responda pelo crime em liberdade. Na quinta-feira (22), ele passará por audiência de custódia.

Procurada pela g1, a Sesab informou que a profissional foi orientada a prestar queixa e que recebeu toda a orientação necessária. O caso é acompanhado também pela Justiça.(g1 Bahia)

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