Mercado reduz previsão de inflação, que fica dentro da meta para 2023

Segundo o Relatório Focus, do BC, estimativa do IPCA para o ano que vem caiu e ficou em 4,75%. Projeção do dólar foi de R$ 5,02 para R$ 5,05

Foto: Agência Brasil

Apensar da tensão no Oriente Médio, os cerca de 150 analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) reduziram a estimativa de inflação para 2023. De acordo com o Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (16/10), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 4,75%. Na semana passada, a projeção era de 4,86%.

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para 2023 é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ela será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%. Dessa forma, a última projeção do mercado fica dentro do limite máximo da meta fixada para o IPCA.

Em relação ao ano que vem, os economistas consultados pelo BC mantiveram a previsão de 3,86%. Para 2025, ela também se manteve estável, em 3,5%.

Dólar

Os analistas consultados pelo BC também não alteraram a projeção para o dólar em 2023, que permaneceu em R$ 5,00. Para 2024, a estimativa apresentou uma pequena elevação. Ela passou de R$ 5,02 para R$ 5,05.

PIB

Segundo o Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2023 deve ter crescimento de 2,92%, mesma estimativa da semana passada. Para 2024, a previsão de crescimento da economia ficou estável em 1,50%. Em 2025, a estimativa se manteve em 1,90%.

No segundo trimestre de 2023, o PIB brasileiro surpreendeu os analistas e registrou alta de 0,9%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Especialistas e o próprio governo já trabalham com um crescimento de cerca de 3% do PIB neste ano.

Selic

Em relação à taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado financeiro manteve a estimativa para o fim de 2023 em 11,75% ao ano. Para 2024, a projeção continua em 9% ao ano. Para 2025, ela segue em 8,5%.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic foi reduzida em 0,5 ponto percentual, para 12,75% ao ano. Foi o segundo corte da taxa básica de juros desde agosto. A próxima reunião do colegiado está marcada para os dias 31 de outubro e 1º de novembro.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.

Relatório Focus

O Relatório Focus resume as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. O boletim é divulgado sempre às segundas-feiras.

(Metrópole)

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