O Ministério das Mulheres assume a partir desta sexta-feira (7) a coordenação do grupo de trabalho de gênero do Observatório da Violência Contra Jornalistas e Comunicadores Sociais, criado pelo Ministério da Justiça.
O observatório terá por objetivo monitorar casos relacionados a condutas violentas contra jornalistas e comunicadores sociais, apoiar investigações nesses casos e sugerir políticas públicas. Ele será coordenado o Secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho e dividido em grupos temáticos.
O de gênero será coordenado pela pesquisadora, jornalista e assessora especial de comunicação do Ministério das Mulheres, Dandara Lima, e pela pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP Daniela Osvald Ramos.
O grupo ficará responsável por organizar uma rede de advogadas e advogados para auxiliar mulheres jornalistas, criar um canal para receber denúncias e promover encontros com profissionais vítimas de ameaças para traçar um diagnóstico.
A ministra das mulheres, Cida Gonçalves, diz que a ideia é que a pasta seja “porta-voz na luta e na proteção” das profissionais do jornalismo.
O conselho para elaboração de planos de ação será composto por Bárbara Libório, da revista AzMina, Bia Barbosa, do Repórteres sem Fronteiras, Samira de Castro, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Ramênia Vieira, do Intervozes,; Renata Cafardo, da Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca).
Ainda compõe o grupo Patrícia Blanco, do Instituto Palavra Aberta, Taís Gasparino, do TornaVoz, Mara Fortes, da Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Katia Brembatti, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Mara Tarjan, do Artigo19, e Beth Saad, da Escola de Comunicação de Artes da USP.
Em 2021, pela primeira vez em 20 anos, o Brasil entrou na “zona vermelha” do Ranking Mundial de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras. (BNews)