O ator holandês Rutger Hauer, conhecido por interpretar o antagonista Roy Batt em “Blade Runner” (1982), morreu no último dia 19, aos 75 anos, em sua casa na Holanda. Ele não resistiu a uma “curta doença”, segundo seu agente.
Hauer construiu uma carreira de seis décadas na televisão e no cinema, trabalhando em mais de 170 produções. Entre elas, a fantasia medieval “O feitiço de Áquila” (1985), em que fez o par romântico de Michelle Pfeiffer; “Batman begins” (2005), como um executivo da empresa de Bruce Wayne; e “Sin City: A cidade do pecado” (2005), no papel do cardeal Roark, religioso corrupto que detinha o poder em Basin City.
Ele venceu um Globo de Ouro pelo telefilme “Fuga de Sobibor” (1987), de Jack Gold, e foi indicado por “A nação do medo” (1994), de Christopher Menaul.
Apesar de versátil, Rutger Hauer se destacou no gênero terror, interpretando Van Helsing em “Dracula 3D” (2012), de Dario Argento; e o vampiro Barlow na minissérie “A mansão Marsten” (2004), baseado na obra de Stephen King.
Mas seu papel mais icônico foi na clássica ficção científica de Ridley Scott, no qual viveu Roy Batty, líder dos androides (chamados replicantes no filme) que luta contra o personagem de Harrison Ford.
Na última cena de “Blade Runner”, Hauer proferiu aquele que se tornaria um dos monólogos mais famosos da história do cinema:
“’Eu vi coisas que vocês não imaginariam. Naves de ataque em chamas ao largo de Órion. Eu vi raios-c brilharem na escuridão próximos ao Portal de Tannhäuser. Todos esses momentos se perderão no tempo, como lágrimas na chuva. Hora de morrer.’”ROY (RUTGER HAUER) (Globo)