Novas empresas vão investir R$ 608 milhões no interior da Bahia

Os investimentos irão beneficiar os municípios de Camaçari, Maracás e Sento Sé. Imagem: Divulgação

Investimentos de R$ 608 milhões de quatro novos empreendimentos vão beneficiar os municípios de Camaçari, Maracás e Sento Sé com a geração de 364 empregos diretos. O anúncio foi feito por representantes de empresas dos ramos de Mineração, Eletricidade e Gás, Petroquímico e Plástico, durante a assinatura de protocolos de intenções na Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE).

O chefe de Gabinete e secretário em exercício da SDE, Luiz Gugé, falou sobre os investimentos. “Um dos procedimentos que passamos a executar foi a assinatura de protocolos com empresas de setores diferentes, para modernizar e dar mais celeridade ao atendimento. Acreditamos que isso ajuda a fomentar novos negócios e aumentar o network entre os empresários que investem no nosso Estado”.

Parque eólico em Sento Sé

Segundos dados da SDE, os segmentos de Eletricidade e Gás serão responsáveis pelo maior investimento: R$ 495 milhões na construção de três parques eólicos da Brennand para a geração de energia elétrica no mercado livre. Devem ser gerados 250 empregos diretos e um mil indiretos na construção civil das usinas Umburana de Cheiro, Serra do Fogo e Serra do Vento, no município de Sento Sé. Os novos parques devem entrar em operação em janeiro de 2021.

“A Bahia tem uma característica excepcional, tanto de vento quanto de sol. Em razão disso, nós decidimos fazer investimentos aqui. Mas preciso destacar o trabalho da SDE. Eu fico impressionado como o Estado da Bahia nos recebe e presta um atendimento rápido e eficiente, sempre pronto a nos ajudar. O atendimento do INEMA (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos) também é de altíssima qualidade, exigente como deve ser, mas sempre tendo uma postura proativa”, afirmou o diretor da Brennand, Adelson Ferraz.

Mineração em Maracás

No segmento de Mineração, a Vanádio de Maracás, do grupo Largo Resources, que produz 7% da demanda mundial de pentóxido de vanádio e exporta 100% do seu produto, vai investir R$ 83 milhões na ampliação e modernização da planta mineiro-industrial no município de Maracás. De acordo com o diretor da empresa, Nilson Chaves, os equipamentos já chegaram e estão sendo instalados e testados. “Em setembro, já sentiremos melhora na produção e, no início de 2020, devemos atingir o aumento de 37% previstos. Vamos manter os 373 empregos existentes e promover a geração de 25 novos empregos diretos”.

Investimentos em Camaçari

A Birla Carbon, do segmento Petroquímico, está investindo R$ 23 milhões na modernização de suas instalações com a tecnologia de manufacturing 4.0., de acordo com o presidente da empresa na América do Sul, Ronaldo Duarte. A unidade de Camaçari é a planta com a automação mais avançada do grupo no mundo. O investimento será destinado, também, a uma nova linha de produtos da matéria-prima negro de fumo, que antes só era produzida na planta de Cubatão, no Estado de São Paulo. A perspectiva é que a ampliação esteja em pleno funcionamento até o final do ano e sejam produzidas duas mil toneladas por ano da nova linha, que será destinada ao setor de plástico em geral, artefatos de borrachas e pneus.

“Camaçari foi escolhida como planta piloto. Um dos projetos de digitalização feito aqui por nossa mão de obra local será aplicado em todas as nossas plantas no mundo. Mais de 90% de nossas vendas são feitas para clientes localizados na Bahia e a modernização aumentará nosso volume de vendas dentro do próprio estado. Projetamos uma perspectiva de crescimento dos nossos clientes também já que, com nossa produção local, eles terão disponibilidade de atender um volume maior no Brasil e aumentar suas exportações”, explicou Ronaldo Duarte.

Já a THD Indústria e Comércio de Materiais Plásticos, que tem 15 anos de mercado, vai investir R$ 7 milhões na ampliação de sua unidade industrial em Camaçari. “Graças ao apoio de uma grande empresa, vamos trabalhar recuperando a matéria prima de grandes indústrias e fabricaremos big bags de ráfia, que voltarão para as próprias fábricas, ao invés de virar lixo e poluir o meio ambiente. Teremos capacidade de produzir 1,2 mil unidades por ano”, afirma o sócio do grupo, Eron Evangelista.

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