Pesquisa feita pelo professor e cientista político Ryan Burge, da Eastern Illinois University, mostra 1 embate estatístico entre católicos, evangélicos e ateus nos Estados Unidos. Segundo a pesquisa General Social Service, o número de indivíduos sem religião (23,1%) encostou no de evangélicos (22,8%) e de católicos (23%).
Mais de 2.000 pessoas foram entrevistadas pessoalmente para a realização do levantamento. Segundo Burge, a diferença entre evangélicos, católicos e sem religião configura 1 empate estatístico –está dentro da margem de erro da pesquisa.
OS SEM-RELIGIÃO
Os religious none, como são chamados os que não possuem religião, são 1 grupo que somam ateus, agnósticos, espirituais e os que não possuem designação para sua crença. Existe 1 ponto em comum entre eles: rejeitam a “religião organizada”.
Em entrevista à rede CNN, Burge afirmou que o resultado da pesquisa foi inesperado. “É a 1ª vez que vemos isso. As mesmas perguntas tem sido feitas há 44 anos”. Segundo o pesquisador, os “sem religião” começaram a crescer no início dos anos 90 e, desde 1991, aumentaram em 266%.
O cientista político diz também que a proporção de católicos caiu 3 pontos percentuais nos últimos 4 anos.
EDUCAÇÃO
O cientista político também abordou o crescimento das religiões em nível educacional. O que Burge afirma é que faltam evidências que conectem o nível de instrução das pessoas (possuem ensino completo ou pós-graduação, por exemplo) com a assiduidade em atividades religiosas.
O pesquisador também mostra que pessoas com pós-graduação são justamente os menos propensos a declarar que não possuem religião em comparação aos menos instruídos.
POLÍTICA
Em artigo para o site Religion in Public, Burge aborda a relação entre religião e voto. A descoberta foi que a maioria dos cristãos tendem a acreditar mais em ideais republicanos; os evangélicos, em particular, mostram maior inclinação pelo atual presidente dos EUA, Donald Trump.
Por outro lado, os sem religião parecem estar do mesmo lado dos cristãos nesse quesito. De 2008 a 2018, mostram uma certa tendência aos ideais democratas, mas um pouco mais aos republicanos de 2010 a 2016.
O pesquisador também diz que os mais assíduos em igrejas são os que mais tendem a votar em Donald Trump. Eis o gráfico.
Poder 360º