Pacheco diz ao STF que não é possível acatar petição para criação de CPI do 8 de janeiro

O presidente do Senado afirma que as assinaturas da petição foram coletadas na legislatura anterior, por isso precisam ser ratificadas na atual

Foto: Reprodução/Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um ofício onde afirmou que é contrário à abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) a respeito dos atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes, em Brasília. No momento, o relator do caso é o ministro do STF, Gilmar Mendes, que tomará a decisão final.

O pedido da criação da CPI foi feito através de uma petição, apresentada nesta segunda-feira (13) pela senadora Soraya Thronicke (União Brasil). No entanto, Pacheco apontou que as assinaturas compiladas pela parlamentar foram coletadas na legislatura anterior, por isso, precisam ser ratificadas para que se tornem válidas.

“Embora a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito constitua um direito das minorias, na compreensão já consagrada do STF e da doutrina constitucional, há limites formais que devem ser observados no exercício deste direito”, afirmou Pacheco.

“A manifestação de vontade dos Senadores que exercem mandato na atual legislatura há de ser ratificada para a criação de uma CPI, a fim de permitir o eventual aproveitamento do requerimento que está sob deliberação da Presidência do Senado. Contudo, atualmente, sem a aludida confirmação, não há possibilidade fática ou jurídica de que o requerimento que constitui o objeto da impetração possa ser lido, considerando o término da legislatura em que protocolado, do que resulta não haver direito líquido e certo da impetrante”, concluiu. (Metro1)

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