Papa convida líder católico que defende direitos LGBTQIA+ para sínodo

James Martin, um defensor dos LGBTQIA+ na Igreja Católica, vai participar de uma das assembleias mais importantes do Vaticano.

Imagem sem data mostra James Martin e o Papa Francisco — Foto: Reprodução/outreach.faith

O Vaticano divulgou a lista de convidados do próximo Sínodo, que vai acontecer em outubro, e um dos convidados do Papa Francisco é o jesuíta James Martin, um defensor dos LGBTQIA+ na Igreja Católica.

O Sínodo Católico é uma assembleia convocada pelo papa na qual se discutem questões importantes sobre temas relacionados à fé.

Martin tem uma organização nos EUA chamada Outreach, que se define como uma organização católico LGBTQIA+ que publica artigos, ensaios e fontes de informação para católicos LGBTQIA+, suas famílias e amigos e também para aqueles quem ministram na Igreja Católica em todo o mundo.

A organização afirma que, de fato, na Bíblia há algumas referências à homossexualidade que condenam a prática, mas o libro também tem códigos morais que orientações éticas que os cristãos contemporâneos ignoram (por exemplo, no Novo Testamento, São Paulo fala para os escravos serem obedientes a seus mestres e que as mulheres devem ficar em silêncio nas igrejas).

Martin já trocou cartas com o Papa Francisco sobre o tema.

O papa havia dado entrevistas nas quais tinha dito que a homossexualidade não deveria ser criminalizada.

Em seu texto para a Outreach, Fraciso diz que quando afirmou que a homossexualidade é um pecado, estava se referindo ao ensinamento moral católico, que diz que todo ato sexual fora do casamento é um pecado. “É claro que também se deve considerar as circunstâncias, que podem diminuir ou eliminar a culpa. Como você pode ver, eu estava repetindo algo em geral. Eu deveria ter dito ‘É um pecado, assim como qualquer ato sexual fora do casamento’”, afirmou ele.

por g1

google news