Na tarde desta sexta-feira (04), o advogado e pastor de Santo Antônio de Jesus, Joanito Barbosa, esteve no programa das 12h30 do Voz da Bahia onde falou do seu apoio ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mesmo indo em detrimento a maioria dos evangélicos que apoiaram o presidente atual Jair Bolsonaro (PL).

“MEU PONTO DE VISTA É POLÍTICO E NÃO ESPIRITUAL”

Joanito explica que ao apoiar o presidente eleito Lula, usou do seu pensamento político e não evangélico, “sou oriundo de um povo, tenho penetração dentro de uma classe proletária, de uma classe pobre humilde, e, no meu ponto de vista político, fiz um comparativo dos dois governos. No governo, Lula a população pobre, que represento, que me elegeu, que sempre votou em mim, seja ela católica ou evangélica, ela ascendeu. O jovem pobre, da periferia, teve acesso a benefícios, cresceu intelectualmente, teve acesso a universidades… então tive que fazer o parâmetro, analisando os governos, e na minha opinião, Lula fez um governo socialmente muito melhor do que o atual presidente, essa foi a minha análise. Eu não analisei de um ponto de vista espiritual que essa era uma luta de Deus contra o Diabo, não, por que não houve isso, se algumas pessoas fizeram campanha politica por esse lado, não os condeno, mas entendo que a minha escolha foi uma escolha política, assim como outros políticos escolheram Bolsonaro, também tive o meu direito de escolher em quem votar e apoiar, o fato de ser evangélico não me tira nenhuma honra e nem um mérito de ter votado no candidato do (PT), continuo sendo evangélico, não deixei de ser”, aponta.

“UMA COISA É EU DEFENDER O MEU INTERESSE E VISÃO, MAS PARA ISSO NÃO POSSO INDUZIR AS PESSOAS A PERCEBER ALGO QUE NÃO É REAL”

Pastor Joanito ainda afirma ao Voz da Bahia que crê que as pessoas são livres para pregar o que acreditam, “vejo que o (PT) está na Bahia há 16 anos e durante esse tempo eu não vi o governador querer fechar nenhuma igreja. Eu não vi nenhuma medida em nome do estado de que o governador perseguiu a igreja, de que ele colocou a polícia na porta da igreja para fechá-la. Trabalho com provas, acredito que o povo precisa pensar, os evangélicos, assim com os católicos eles têm inteligência e sabedoria e podem pensar. Uma coisa é eu defender o meu interesse e visão, mas para isso não posso induzir às pessoas a perceber algo que não é real, que não existe”, finaliza.

“PORQUE NÃO SE FEZ UMA CAMPANHA FORTE PARA COMBATER O ADULTÉRIO?”

Nesta parte da entrevista, o pastor começa dizendo que em uma campanha às pessoas vão procurar coloca defeito em tudo que aparecer, “penso que essa questão da ideologia de gênero é um discurso que a igreja está preparada para enfrentar, para conduzir e orientar aqueles que a procuram, até porque isso não é uma situação de hoje e nem de ontem. Agora, nunca fui em um ‘shopping’ para está lá 3 banheiros diferentes, você dizer que vai estar uma criança com um travestir? Nunca vi isso em lugar nenhum, vamos falar a verdade. Tem coisas que não se sustentam ao longo dos dias, a população vai enxergando e vai vendo. Então, cada um traz o discurso que lhe é favorável, que é importante para você. Sobre essa questão da ideologia de gênero, está lá na Bíblia. Se essas coisas não acontecerem, Deus é mentiroso? A Bíblia fala sobre homossexualidade, adultério, fornicação, mentiras. E o que mais vimos nesta eleição foi o uso da mentira. No entanto, não se fez uma campanha forte para combater o adultério. Quantos casamentos estão sendo destruídos por pessoas que até se intitulam religiosos, mais que não tem uma relação conjugal com seu esposo, ou esposa decente. As pessoas não levantam a voz neste sentido, sabe porquê? Por que só preciso defender aquilo que para mim, é conveniente. Não sou a favor de ideologia de gênero, não. Acredito que as coisas estão escritas, ela vai acontecer e digo mais: nem Bolsonaro, nem Lula, nem nenhum outro presidente da república, nenhum de nós vai impedir que isso ocorra. Se eu disser que qualquer homem vai impedir que isso ocorra, Deus é mentiroso, e Ele não menti e nunca falhou, por que está na Palavra e tem que se cumprir o que está na Bíblia. Minha bandeira é o puro e simples evangelho, quero salvar vidas. Não posso comprar uma guerra contra os ‘gays’, homossexuais, são todos filhos de Deus, Ele ama a todos, e nós devemos ajudá-los a serem salvos, a se arrependerem”, concluiu.

Reportagem: Voz da Bahia