Pedreiro sequestrado em Feira de Santana é encontrado morto

Um veículo que pertence ao vizinho da vítima foi encontrado próximo ao corpo. O dono do carro foi amarrado pelos sequestradores e depois liberado.

Foto: Arquivo Pessoal

Foi encontrado por volta do meio-dia desta quarta-feira (18), o corpo do pedreiro Adriano da Silva Borges, 27 anos, que estava desaparecido desde a madrugada de terça-feira (17), após ser sequestrado em sua residência, no bairro Gabriela, em Feira de Santana. Os criminosos arrombaram o portão da casa e levaram a vítima.

Ao Acorda Cidade, o pai da vítima, Antônio Hermenegildo Costa Borges, informou que o corpo foi encontrado ao lado do terreno do Fluminense de Feira, no bairro Vale do Jacuípe, região do conjunto Viveiros.

“Não sei por que fizeram isso. Eles queriam droga, mas meu filho não é envolvido. Meu filho não fuma, não bebe, não trafica, não usa droga. Meu filho trabalhava pra viver, nunca se envolveu com nada errado. Acredito que sim, que confundiram ele. Como é que ele vai morrer a troco de nada, como é que ele vai pagar uma coisa que ele não devia? Até onde eu sei, eu tenho certeza que ele não devia. Por que mataram ele? Segundo dizem, 15 quilos de drogas desapareceram de um galpão. São comentários, não sei. Cabe à polícia investigar e mostrar quem foi”, declarou.

Um veículo que pertence ao vizinho da vítima foi encontrado próximo ao corpo. O dono do carro foi amarrado pelos sequestradores e depois liberado.

O delegado Roberto Leal, que está a frente das investigações, informou ao Acorda Cidade que já iniciou as oitivas de testemunhas em busca da elucidação do crime.

“Por volta da meia-noite do dia 17 alguns indivíduos invadiram uma residência, na mesma rua da vítima, mantiveram um casal sob cárcere privado, e depois de algum tempo seguiram para a casa da vítima, onde ele foi arrebatado. Ele desapareceu desde então, não havia qualquer tipo de informação em relação ao mesmo, e infelizmente o corpo foi encontrado hoje. Já realizei a oitiva de uma das testemunhas, e também vou prosseguir ouvindo familiares e vamos tentar desvendar qual a motivação deste fato”, afirmou.

O delegado disse também que nenhuma hipótese foi descartada.

“Inicialmente as informações prestadas são de que a vítima não possuía nenhum tipo de envolvimento com qualquer tipo de atividade criminosa. Ele trabalhava como pedreiro e foi sequestrado. Vamos aprofundar as investigações, principalmente no tocante a motivação, porque isso pode clarear bastante em relação às autorias. Não podemos descartar nenhuma hipótese neste momento porque em uma das residências que esse trio invadiu foi subtraído dois veículos, valores, então a gente não pode descartar nada neste momento”, ressaltou.

Ainda de acordo com o delegado, houve um pedido de resgate aos familiares, mas a Polícia Civil dará continuidades com as investigações.

“Houve notícias no dia de ontem que ainda não foram confirmadas pelos familiares, de um possível pedido de resgate para liberarem o Adriano, mas nenhuma destas informações foram confirmadas. Então neste momento, nós não iremos descartar nenhuma informação, até então, sabemos do cárcere de privado porque as vítimas foram ouvidas, teve a subtração dos valores, e agora o homicídio. Vamos juntar todas estas peças para saber o que levou a este grupo agir desta forma. As investigações darão continuidades agora com o delegado Rodolfo Faro, responsável pela Delegacia de Homicídios [DH], e André Ribeiro, pela Delegacia de Repressão à Furtos e Roubos [DRFR]”, explicou.

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade

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