A Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Receit nesta quinta-feira (30) na empresa Global Gestão em Saúde, um dos alvos da CPI da Covid, em investigação sobre um suposto esquema de lavagem de dinheiro e corrupção que envolve contrato com a Petrobras.
Autorizada pela Justiça Federal, trata-se da terceira ação policial em duas semanas em endereços relacionados a Francisco Emerson Maximiano. Ele é dono da Global e também da Precisa Medicamentos, que está sob apuração na comissão do Senado por suspeita de irregularidades na negociação para compra da vacina indiana Covaxin pelo governo Jair Bolsonaro.
Como revelou o jornal Folha de S. Paulo, Procuradoria e PF apontam suspeitas de pagamentos de propinas a políticos em troca de apoios na contratação de empresas de Maximiano pela estatal. Em delação que deu origem à operação, são citados o ex-senador Romero Jucá (RR) e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (RJ), ambos do MDB.
O contrato suspeito da Global com a Petrobras é de 2015, durante a gestão Dilma Rousseff (PT), cujo valor é de R$ 550 milhões.
É a 14ª fase da Operação Descarte, iniciada em 2018 em São Paulo. É apurada a suspeita de lavagem de dinheiro com a movimentação que, segundo delação premiada, foi de R$ 3 milhões a R$ 4 milhões (em valores da época) entre os anos de 2014 e 2016.
A base das investigações é a delação dos advogados Luiz Carlos D’Afonseca Claro —que também é cantor e tem nome artístico de Lulli Chiaro— e Gabriel Claro, seu filho, firmada em 2019. (Metro1)