A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito sobre a queda do avião que matou Marília Mendonça e outras quatro pessoas, em novembro de 2021. Nesta quarta-feira (4), a polícia informou que ficou constatado que houve homicídio culposo triplamente qualificado por parte do piloto e copiloto.
Como os dois também morreram no acidente, houve a extinção da punibilidade, e a sugestão de arquivamento do caso. Segundo o delegado de Caratinga, Ivan Lopes, houve negligência e imprudência por parte dos pilotos, já que é uma praxe que eles façam contatos com outros profissionais quando pretendem pousar em um aeródromo desconhecido. Eles não fizeram esse contato, de acordo com a investigação.
Em maio, o o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira, apresentou um relatório no qual descartou falha mecânica e apontou uma “avaliação inadequada’ do piloto” contribuiu para o acidente.
De acordo com o relatório, os cabos de alta tensão estavam abaixo da linha de visão dos pilotos já que, no momento do impacto, sua atenção estava direcionada para a pista de pouso. Também segundo o documento, os equipamentos de energia tinham baixo contraste com a vegetação do entorno, reduzindo a percepção a grandes distâncias.