Policiais civis da Bahia protestam por reajuste salarial; manifestação causa congestionamento no Centro de Salvador

Policiais civis da Bahia iniciaram uma manifestação na Praça da Piedade, no Centro de Salvador, na manhã desta terça-feira (15). O protesto provocou longo congestionamento nas avenidas Carlos Gomes e Sete de Setembro, com retenções no Campo Grande e outras vias na região.

A categoria reivindica reajuste salarial e cobra que o salário de investigadores, escrivães e peritos técnicos seja equiparado como servidores de nível superior.

De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis (Sindpoc), uma decisão judicial determina que o governo do estado se reúna com a categoria a cada 30 dias e apresente uma proposta aos questionamentos dos policiais. No entanto, segundo a entidade, a ordem não foi cumprida e a categoria fala em estado de greve.

Segundo o Sindpoc, o ato desta terça-feira, em frente à sede administrativa da corporação, é feito para votar o início da paralisação das atividades no estado.

O diretor da entidade, Eustácio Lopes, disse que a falta de posicionamento do governo da Bahia é uma espécie de “manobra” para não negociar, porque a lei determina o dia 30 de março como data limite para a concessão de reajustes salariais. Depois disso, somente a próxima gestão, que irá assumir em 1º de janeiro de 2023, poderá assumir as negociações.

A Polícia Civil informou que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 2017, a proibição de greve por parte de policiais militares, bombeiros e militares das Forças Armadas. O funcionamento de delegacias, portanto, segue normalmente.

Caso não consiga registrar ocorrências por causa do ato desta terça, a recomendação do órgão é que o cidadão utilize a Delegacia Virtual, onde 15 tipos de ocorrências podem ser registradas.

Em 3 de fevereiro, os policiais civis da Bahia fizeram uma paralisação de 24 horas pela mesma razão. A categoria havia suspendido também as atividades uma semana antes, em 27 de janeiro. Apenas registros de flagrantes e levantamentos cadavéricos forma realizados.

Os trabalhadores cobraram reajuste nos salários, plano de carreira e a obrigatoriedade do comprovante de vacinação atualizado para as pessoas que precisem utilizar o serviço nas delegacias em todo o estado. (G1)

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