Prefeitura de Salvador sanciona lei que prevê distribuição de medicamentos à base de cannabis no SUS

O documento foi publicado no Diário Oficial da última terça-feira (7) e assegura que os pacientes tenha o direito de receber medicamentos nacionais e importados de graça.

Óleo pode ser usado para tratamento de diversas doenças — Foto: Reprodução TV Bahia

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, sancionou uma lei para que o Sistema Único de Saúde (SUS) forneça medicamentos à base de canadibiol (CBD) ou tetra-hidro-canadibiol (THC) na cidade.

O documento foi publicado no Diário Oficial da última terça-feira (7) e assegura que os pacientes tenha o direito de receber medicamentos nacionais e importados de graça.

O objetivo é democratizar o uso dos medicamentos, que atualmente são bastante caros. Um óleo para à base de cannabis pode chegar a R$ 580, por exemplo. Apesar de facilitar a aquisição na esfera financeira, para receber os remédios continuará sendo cobrada uma prescrição feita um médico ou uma autorização por ordem judicial.

O Canabidiol é uma das substâncias encontradas na cannabis sativa, planta conhecida popularmente como maconha. Os medicamento à base da substância podem ser usados para dores crônicas, por exemplo, como é o caso da bióloga Rita de Cássia Santos, que sofre há oito anos com uma infamação no nervo ciático.

“Provoca muita dor e me impede de ter uma vida normal. Quando eu comecei a usar o Canabidiol, o primeiro ganho para mim foi poder dormir uma noite interfira de novo”, contou.
Além de Rita de Cássia, estima-se que mais de três mil pessoas precisam deste tipo de medicamento em toda Bahia, conforme foi informado pela Associação para Pesquisa e Desenvolvimento da Cannabis Medicinal.

Segundo o médico neurologista Ivar Bradi, os medicamentos podem tratar epilepsia, insônia, ansiedade, dor crônica e doenças degenerativas, como Parkson e Alzheimer.

“A disponibilização pelo SUS é mais uma alternativa terapêutica para os pacientes que não responderem ao tratamento convencional ou não desejarem fazer o tratamento convencional”, disse.

A lei foi votada em dezembro na Câmara Municipal e Salvador e, agora que foi sancionada pelo prefeito, o programa deve ser instalado em 30 dias pelo município. (G1)

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