O presidente da União Brasil, Antonio Rueda, informou que vai pedir a abertura de processo para a expulsão do deputado Chiquinho Brazão (RJ), preso na manhã deste domingo (24) (reveja aqui) sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).
O partido vai se reunir na próxima terça-feira (26) para tomar uma decisão sobre o futuro do parlamentar.
“O presidente do União Brasil Nacional, Antonio de Rueda, pedirá à Comissão Executiva Nacional a abertura de processo disciplinar contra o deputado federal Chiquinho Brazão com vistas à sua expulsão do partido, com cancelamento de filiação partidária”, afirma a legenda, em nota.
A União Brasil ainda acrescenta que Chiquinho Brazão já não mantinha relacionamento com o partido e havia solicitado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a autorização para se desfiliar.
“O União Brasil reunirá a sua Comissão Executiva Nacional na próxima terça-feira, dia 26 de março. O Estatuto do Partido prevê a aplicação da sanção de expulsão com cancelamento de filiação partidária de forma cautelar em casos de gravidade e urgência”, completa o texto.
A PF prendeu neste domingo (24) três suspeitos de mandar assassinar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, além da tentativa de matar a assessora Fernanda Chaves, em março de 2018.
Os três presos são o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil no Rio.
A operação, chamada Murder Inc., é realizada em conjunto com a Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro.
Além dos mandados de prisão, a polícia cumpre 12 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), todos no Rio.
A operação é realizada no domingo para surpreender os suspeitos, de acordo com as primeiras informações. Há a suspeita de que eles tentariam fugir
Também neste domingo (24), o PSOL, partido de Marielle Franco, divulgou uma nota, celebrando a prisão dos mandantes do assassinato. No entanto, afirma que vai seguir lutando para que todos os envolvidos sejam condenados.
“Após um pouco mais de 6 anos do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, hoje finalmente foram presos os apontados como mandantes desse crime covarde, bem como uma das pessoas que teria obstruído as investigações. Nós seguiremos na luta por justiça até que todos os envolvidos sejam julgados e condenados. Levaremos adiante o legado e as lutas que Marielle Franco incorporava. Marielle, presente! Anderson, presente! Hoje e sempre!”, afirma em nota.
Renato Machado/Folhapress