Pressionado, Bahia estreia na Copa Sul-Americana contra Nacional

Roger Machado gesticula durante treino do Bahia na Cidade Tricolor (Felipe Oliveira/EC Bahia)

O início de temporada do Bahia tem sido bem diferente do que o elenco e o torcedor tricolor esperavam. Por isso, nesta quarta-feira (12), o Esquadrão precisa deixar todos os problemas para trás se quiser se sair bem diante do Nacional do Paraguai, às 21h30, na Fonte Nova. É a estreia na Copa Sul-Americana. 

Diante dos paraguaios, o Bahia iniciará pela sétima vez a competição internacional, um recorde entre as equipes do Nordeste. O torneio, inclusive, é tratado como uma das prioridades do clube na temporada. O tricolor enxerga na Sul-Americana a oportunidade de conseguir o perseguido salto de patamar no futebol.

Até aqui, o melhor desempenho tricolor na competição foi chegar às quartas de final em 2018. Ao mesmo tempo em que se apega a esse bom retrospecto, a equipe quer tirar lições da participação na Sul-Americana do ano passado, quando caiu na primeira fase para o Liverpool-URU, e da eliminação para o River, semana passada, na primeira fase da Copa do Brasil.

“A diferença do jogo contra o River é que era só um jogo. Agora são dois. A gente tem a chance de fazer a primeira partida diante de nosso torcedor. O que fazer diferente é vencer a partida e tentar não sofrer gols. Primeiro triunfo, depois fazer o maior número de gols possível para levar uma boa vantagem e conseguir a classificação”, explicou o atacante Élber.

A atenção cobrada diante do Nacional tem um motivo. Em sua segunda competição de mata-mata na temporada, o Esquadrão entra em campo escaldado após o vexame de ser eliminado pelo River. O regulamento da Copa Sul-Americana, no entanto, é diferente da competição nacional. Depois do jogo desta quarta, na Fonte Nova, um duelo de volta será disputado no Paraguai, no dia 26 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas.

Como o estádio Arsenio Erico, do Nacional, não tem a capacidade mínima de 7.500 lugares exigida pela Conmebol, o “Mais Querido”, como o time é conhecido, levará a partida para o estádio Luis Alfonso Giagni, que pertence ao Sol de América e fica na cidade de Villa Elisa, localizada a 16 km da capital Assunção.

“Não vamos ser eliminados de novo. Isso tenho total certeza. O que de ruim aconteceu, não tem nada para piorar. A eliminação na Copa do Brasil, derrota no clássico. Tenho certeza que todo o grupo vai entrar focado e determinado para não deixar o ano terminar tão cedo. A gente vai tentar ir o mais longe possível na competição, sempre buscando o máximo, que é o título”, garante Élber. 

Além da pressão para evitar outra eliminação, o jogo contra o Nacional tem uma importância a mais para Roger Machado. Criticado por torcedores que gritaram “adeus, Roger” durante o Ba-Vi, o treinador vive um momento em que outro tropeço pode até custar o cargo.

ESCALAÇÕES

Ao contrário da programação inicial divulgada pelo clube, o técnico Roger Machado decidiu fechar o treino da véspera da partida na Cidade Tricolor. No entanto, o time terá pelo menos uma mudança. Rossi ganhou a vaga de Daniel e, com isso, o esquema adotado será um 4-2-4. Fica a interrogação no gol, se Douglas será mantido após as recentes falhas contra River e Vitória ou se Anderson ganhará uma chance devido ao mau momento do titular.

Bahia: Douglas (Anderson), João Pedro, Lucas Fonseca, Juninho e Juninho Capixaba; Gregore e Flávio; Rossi, Élber, Gilberto e Clayson. Técnico: Roger Machado

Nacional: Juan Espínola, Juan Franco, Garay, Luís Cabral e Farid Díaz; Riveros, Zaracho, Franco Costa e Benítez; Villagra e Beltrán. Técnico: Roberto Torres. (Correios)

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