Os professores da rede municipal de educação do município de Banzaê, no Semiárido Nordeste, estão mobilizados desde o dia 5 de junho em uma paralisação que busca o cumprimento do Plano de Carreira do Magistério. A principal reivindicação é o reajuste salarial de 14,95% para todos os professores.
Na última segunda-feira (5), ocorreram diversas reuniões entre representantes da categoria e autoridades municipais. À noite, estava programada uma sessão na Câmara de Vereadores de Banzaê para votação do Projeto de Lei Complementar (PLC) que previa o reajuste de 14,95% exclusivamente para os professores sem licenciatura. Contudo, a proposta gerou discordância entre os professores presentes, que lotaram as dependências da Casa Legislativa, pressionando os vereadores a reverem o posicionamento.
Diante da pressão, o presidente da Câmara, Roger Enfermeiro, decidiu cancelar a sessão e marcar uma sessão extraordinária para esta quarta-feira, 7 de junho, às 19h. Enquanto aguardam a próxima sessão, a categoria dos professores continua mobilizada, buscando persuadir a prefeita Jailma Dantas a conceder o reajuste de 14,95% para todos os servidores. “A valorização do magistério e a busca pela equiparação salarial são pautas centrais na luta desses profissionais que desempenham um papel fundamental na formação educacional dos cidadãos de Banzaê. Desde o ano de 2022 com o reajuste do piso nacional do magistério de 33,24% que os professores estão sendo prejudicados com o descumprimento do plano de carreira dos profissionais do magistério, onde o reajuste foi feito em forma de gratificação desvinculado do plano de carreira da categoria.”, disse Antônio Jorge, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Banzaê (SISMUB).
De acordo com o SISMUB, “a luta dos professores pelo piso salarial nacional tem como objetivo combater as disparidades salariais existentes entre as diferentes regiões do país, onde muitas vezes os docentes recebem salários muito abaixo do necessário para uma vida digna”. “Além disso, o piso salarial busca valorizar a profissão e incentivar a formação continuada dos professores, contribuindo para a melhoria da qualidade da educação”, completou Antônio Jorge.
O plano de carreira dos professores é um instrumento que visa estabelecer critérios claros e objetivos para a progressão salarial e profissional dos docentes ao longo de sua carreira. Ele prevê diferentes níveis e classes, com reajustes salariais e benefícios que devem ser conquistados de acordo com critérios como formação acadêmica, tempo de serviço, participação em capacitações, entre outros.
“A luta dos professores pelo reajuste pelo plano de carreira busca garantir uma progressão justa e transparente, que reconheça o empenho e a qualificação dos profissionais. Dessa forma, os docentes são estimulados a investir na própria formação e aperfeiçoamento, contribuindo para o desenvolvimento contínuo da educação. Professores motivados e bem remunerados têm mais condições de desenvolver um trabalho de excelência, o que impacta diretamente no aprendizado dos estudantes”, disse o representante da categoria.
Para o sindicato, “é necessário que haja um diálogo constante entre os professores, sindicato, gestores e demais atores envolvidos, a fim de buscar soluções que atendam às demandas da categoria”. “A luta dos professores pelo piso salarial nacional e pelo reajuste pelo plano de carreira é essencial para a valorização da profissão, para a promoção de uma educação de qualidade, por salários dignos e por uma progressão justa e transparente”, concluiu. (BN)