O isolamento social e as recomendações para que a população fique em casa tem tido efeitos no aumento do sedentarismo. A falta de exercícios e movimentação do corpo pode influenciar na deterioração da saúde cardiovascular mesmo em curtos períodos de tempo, de acordo com reportagem do Estadão.
A atenção ao tema deve ser ainda maior para os idosos e portadores de doenças crônicas, que tendem a ser os mais afetados por esses problemas.
O alerta foi feito por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP). Os especialistas publicaram artigo no American Journal of Physiology. Ele apontam que, o apelo feito por governantes e profissionais da saúde para que as pessoas “fiquem em casa” é válido na atual conjuntura, sem dúvida. Mas deve vir acrescido de uma segunda recomendação: “não fiquem parados”.
“Uma pessoa precisa fazer ao menos 150 minutos de atividade física moderada a intensa por semana para ser considerada ativa, de acordo com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das sociedades médicas. O uso de academias e centros esportivos ficará limitado nos próximos meses, mesmo após o fim da quarentena. A atividade física realizada no ambiente domiciliar surge como uma alternativa interessante”, explicou à reportagem do Estadão Tiago Peçanha, bolsista da Fapesp de pós-doutorado e primeiro autor do artigo, que apresenta uma série de evidências científicas relacionadas ao impacto de curtos períodos de inatividade física sobre o sistema cardiovascular.