Roberto Carlos faz 78 anos e vai passar o aniversário jejuando, diz colunista

Roberto Carlos (Foto: Divulgação)

O cantor Roberto Carlos completa nesta sexta, (19), 78 anos de idade. Porém, o rei decidiu não comemorar a data especial como se é de costume. Segundo informações da colunista Fábia Oliveira, de O Dia, o capixaba, católico que é, decidiu que vai jejuar e orar em sua casa, na Urca, no Rio de Janeiro.

O rei inclusive postou uma foto em suas redes sociais em que fala sobre o evento da semana santa. “Roberto Carlos no Jardim de Getsêmani, na base do Monte de Oliveiras. Segundo os evangélicos, na noite anterior à sua crucificação, Jesus levou seus discípulos a este jardim e rezou”, disse na legenda da foto a seguir.

O cantor de diversos sucessos, irá receber um tributo do ruivo Nando Reis, em 12 faixas, Nando, revela que o cantor esteve presente em toda sua vida, mesmo antes de ter contato com a música. O cantor revela que a primeira memória que teve de Roberto Carlos, era uma calça Calhambeque, que gostava de usar na sua infância e era usada pelo astro no período da jovem guarda. “Tinha um calhambequezinho no zíper”, recorda.

Voltando a construção do tríbuto, Nando Reis também irá referenciar artistas que o influenciaram, como Gal Costa, Bob Dylan, João Gilberto e Janis Joplin.

“Tenho uma voz singular, e a força da minha apresentação sempre esteve relacionada ao meu conhecimento das minhas próprias canções”, revelou. “Então entendi que minha seleção tinha que se basear em canções que conhecesse tão bem quanto as minhas, como “Nosso amor” (de Mauro Motta e Eduardo Ribeiro), e “Vivendo por viver” ( de Marcio Greyck e Cobel), explicou o cantor.

Das 12 canções, 8 são de Roberto Carlos, e trará sucessos do cantor como “Todos estão surdos”, “Alô”, e “Você em minha vida”.

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Pode ser uma novidade para alguns ou um assunto batido para outros, mas o rei Roberto Carlos não possui a perna direita, e tudo isso aconteceu após um acidente em sua cidade natal, Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, o cantor, porém, não fala sobre o ocorrido em entrevistas.

Com apenas seis anos de idade, aquele que se tornaria o ‘Rei’ no futuro brincava com uma amiga, chamada Eunice Solino, e se encantava com o Dia de São Pedro. As duas crianças decidiram comemorar juntas os festejos e acabaram ficando próximas aos desfiles.

A cidade de Cachoeiro sempre foi cortada por muitas linhas férreas e constantemente aconteciam acidentes com os moradores locais. Com o apelido carinhoso de Zunga, Roberto Carlos era vigiado por uma professora, que também ficou atenta com Eunice, conhecida como Fifinha.

As duas crianças decidiram ficar em cima dos trilhos para acompanhar a festa e não ouviram os gritos e as sinalizações da professora para sair do local devidos os riscos. Elas não perceberam a chegada de uma locomotiva e somente deu tempo da moça puxar Fifinha pelo braço e Zunga se assustou e caiu de costas no trilho, até que o trem passou por cima de seu membro inferior direito.

Uma grande quantidade de pessoas se aglomerou em volta de Roberto e um rapaz com terno branco, que trabalhava no Banco de Crédito Real, pegou seu paletó e amarrou na perna machucada, a fim de estancar a hemorragia. Foi desse momento que o artista se inspirou para a música O Divã, com o trecho: “Relembro bem a festa, o apito/ e na multidão um grito/ o sangue no linho branco…”.

A festa perdeu a graça, já que apenas bêbados se acidentavam e nunca Zunga, o menino da rua Biquinha. O rapaz do paletó branco, chamado Renato Spíndola, levou a criança para a Santa Casa de Misericórdia. Ele foi atendido pelo médico Romildo Coelho, que avaliou que todos os nervos da perna do menino haviam sido cortados, por isso ele nem sentia dor ou chorava.

O médico era um profissional moderno, atualizado, e havia lido um artigo que dizia que devia-se cortar o mínimo possível os membros acidentados. Portanto, apenas entre o terço médio e o superior da canela foi amputado, e um pouco abaixo colocaram uma roda de metal, o que impediu Roberto de perder os movimentos do joelho direito.

Roberto Carlos passou parte da infância de muletas e aos 15 anos ganhou sua primeira prótese, quando já morava no Rio de Janeiro e se preparava para ser um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos.

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