O Ministério da Saúde deverá entregar aos municípios 48% do quantitativo previsto da vacina BCG, que protege contra tuberculose. Representantes de secretários municipais de Saúde receberam um comunicado da pasta nos últimos dias sobre a redução das remessas.
Mauro Junqueira, do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde, afirmou que as prefeituras estão preocupadas e, diante da situação, passaram a limitar aplicações. Para não haver perda, frascos com múltiplas doses são abertos apenas em dias específicos. O receio é de que o problema dificulte ainda mais o trabalho de convencimento dos pais.
O País assiste há dois anos uma redução dos níveis de cobertura vacinal. Uma das explicações para a redução é o grande número de vezes que pais têm de levar crianças aos postos para completar o cronograma da imunização. A BCG é a primeira vacina do calendário. O risco é de que, enfrentando dificuldades já na primeira aplicação, pais fiquem desmotivados.
O ministério, no entanto, afirmou que a redução da distribuição é pontual, atribuiu a entrega menor do que o planejado a problemas de logística e garantiu que o problema será resolvido. O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, afirmou que a pasta transferiu o armazém das vacinas do Rio para São Paulo e a mudança acabou atrapalhando as distribuições.
Além da BCG, secretários disseram estar preocupados com estoques reduzidos de soros para pacientes que foram picados por animais peçonhentos. Oliveira afirmou que a expectativa é de que a produção seja normalizada no próximo semestre. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.