Na tarde desta quarta-feira (21), o vereador Délcio Mascarenhas (PSB), em entrevista ao Voz da Bahia, no programa Meio-dia e Meia, comentou sobre o caso das denúncias realizadas pelo vereador Uberdan Cardoso (PT) na última sessão na Tribuna da Câmara de Vereadores, da compra da Azitromicina de 1 grama e a compra de fraldas, pois, ao ser analisadas às NFs (Notas Fiscais), a secretaria de saúde havia apontado os seus recebimentos: dos medicamentos e das fraldas, sendo que eles nunca apareceram, ou seja, indícios de fraudes na pasta da saúde de Santo Antônio de Jesus (reveja aqui a denúncia de Uberdan). Délcio fez, principalmente, uma crítica contundente ao prefeito Genival Deolino, pela forma, segundo ele, equivocada que a gestão municipal exonerou o subgerente de farmácia Gilberto Moreira.
O AUMENTO DE VEREADORES NA BASE DA GESTÃO:
Délcio começa dizendo que observa que o atual prefeito, Genival, por vir de um meio empresarial, tinha uma expectativa de uma gestão diferente, “o prefeito de Minas Gerais foi eleito num partido pequeno, que elegeu um número pequeníssimo de deputados estaduais no estado, e hoje tem grandes chances de se reeleger e está fazendo um governo excepcional lá em Minas. Até mesmo porque ele fez diferente, ele, como empresário, teve uma visão mais ampla e está fazendo uma gestão que sem dúvidas está sendo reconhecida pelo pessoal de Minas Gerais. Imaginei que, pelo prefeito ser um fato novo na política, ele faria diferente, mas infelizmente percebemos que no município o prefeito Genival rapidamente elegeu quatro vereadores e, num passe de mágica, ele passou a ter 10 vereadores na Câmara a favor dele. A oposição passou a ter 4 vereadores. Essa movimentação trouxe consequências maléficas para uma gestão”, expôs.
SUBGERENTE DA SECRETARIA DE SAÚDE EXONERADO:
Mascarenhas conta que não pode execrar o subgerente da saúde como culpado desta grave denúncia na secretaria, “o que digo de primeira é essa informação de divulgar e exonerar rapaz, o farmacêutico, a quem ouvir ser uma pessoa de bem, que exerce o cargo de subgerente do setor de farmácia do município e não responde a processo administrativo. E outra, disseram que iriam afastar o rapaz para analisar o caso, e ele foi afastado, o prefeito o exonerou (saiba mais aqui), a partir disso o rapaz não tem mais nenhuma ligação com a administração municipal. Temos que entender que injustiças não devem ser cometidas. Execrar o nome de uma pessoa, um profissional, liberal, farmacêutico, que não tem nem um tipo de vínculo com a prefeitura, pois, não é um servidor público concursado, apenas exerce um cargo comissionado de quarto ou quinto escalão. O município teria que respeitar processo legal, tem que abrir o processo administrativo, com amplo direito de defesa, depois que é transitado e julgado, que chega a um resultado, aí vem às punições ou a inocência deste funcionário”, conta.
Ainda sobre o farmacêutico afastado por suspeitas de envolvimento de fraude na saúde, Délcio ressalta: “o que não podemos fazer é usar pessoas como bode expiatório, como boi de piranha. A prefeitura errou quando divulgou que afastou este servidor. Isso é de praxe em outras gestões de que quando a pessoa tem umas situações duvidosas e não quer envolver um servidor concursado, de carreira do município, pegam um funcionário comissionado, temporário, sem vínculo e muitas vezes manda ele assinar os documentos como se fosse uma formalidade de prestação de contas. Esse funcionário não tem nenhum tipo de responsabilidade caso se confirme qualquer tipo de desvio de conduta da secretaria de saúde do município. Estão querendo fazer um linchamento moral de um servidor que volto a dizer, não tem nada haver. Ele não era ordenador de despesa”, afirma.
CARGOS COMISSIONADOS:
O vereador conta que acredita que o prefeito deve estar bastante arrependido com o aumento de cargos na gestão, “em toda minha vida politica aqui na cidade, nenhum prefeito teve toda essa quantidade de cargos comissionados que essa prefeitura tem. Até o ex-prefeito não chegou a ter nem duzentos cargos comissionados na prefeitura de Santo Antônio de Jesus. Estes cargos comissionados não têm vínculos com o município e muitas vezes as pessoas colocam estes funcionários para exercer atividades inerentes as pessoas que tem que ter vínculos com o município e que, caso haja desvio de conduta, responda criminalmente”, explica.
Reportagem: Voz da Bahia