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Presa por sequestro que passou na Ufba tranca matrícula enquanto aguarda liberação da Justiça para estudar
A detenta Priscila Regina da Costa da Silva, que foi aprovada no curso de biblioteconomia da Universidade Federal da Bahia (Ufba) com a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas que não teve autorização da Justiça para iniciar os estudos, trancou a matrícula na instituição enquanto aguarda liberação para entrar no ensino superior, depois da apresentação de um recurso. O pedido inicial dela para ir às aulas foi negado pela Justiça, porque ela cumpre pena em regime fechado no Conjunto Penal Feminino de Salvador, localizado no bairro de Mata Escura, após ter sido condenada por sequestro — ela pegou 30 anos de prisão. O recurso contra essa decisão foi interposto pela Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE-BA).
“Até no lixão nasce flor”, disse o rapper Mano Brow na música Vida Loka. A frase, na linguagem dos presídios, simboliza esperança. Nas ruas, significa que coisas boas podem surgir dos lugares mais adversos. A expressão sintetiza bem a passagem de Priscila Regina da Costa da Silva, 34 anos, no Conjunto Penal Feminino de Salvador, na Bahia. Presa desde 2016, a detenta encontrou nos livros a possibilidade de “renascer”, como costuma dizer. As constantes leituras lhe renderam uma vaga no curso de Biblioteconomia da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
A Justiça garantiu a transferência de uma estudante de Odontologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba) para Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Há seis anos, ela foi diagnosticada com depressão, associado à descoberta de um câncer. Ela procurou a Defensoria Pública da Bahia (DP-BA) para assistência jurídica, pois tentou ser transferida de forma administrativa, mas não obteve êxito. Uma mediação foi realizada pela Defensoria, a Uefs descumpriu o acordado.