Todas as capitais do país elegeram mulheres para o cargo de vereador, apontam os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em 2016, havia uma capital que só elegeu homens para as vagas da Câmara Municipal: Cuiabá.
Os resultados das eleições de 2020 apontam que Porto Alegre será a capital com a maior representatividade feminina na Câmara de Vereadores: 11 das 36 vagas serão ocupadas por mulheres (30,55%). Além disso, em seis capitais, as mulheres ficaram em primeiro lugar entre os vereadores eleitos.
A representatividade de vereadoras nas capitais ficou bem abaixo da proporção encontrada na população do país, em que 51,8% dos brasileiros são mulheres, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, de 2019.
Depois de Porto Alegre, as capitais com maior proporção de mulheres são Belo Horizonte (26,83% das vagas) e Natal (24,14%). São Paulo ficou em 4º lugar, com 23,63%, com 13 das 55 vagas ocupadas pelo sexo feminino. Em 2016, 11 vereadoras haviam sido eleitas.
Na outra ponta do ranking está João Pessoa, com apenas 1 das 27 cadeiras que será ocupada por uma mulher, o que representa 3,7% do total.
As capitais que tiveram uma mulher em primeiro lugar entre os vereadores são Aracaju, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife e Rio Branco.
Esta é a terceira eleição municipal com a vigência da lei 2.034/2009, que estabelece que “cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo”.
Levantamento do G1 feito com base nas atas das convenções partidárias mostra que, a cada 10 candidatos a vereador nas 26 capitais do país, apenas 3 eram mulheres. A proporção (33%) se mantém em um patamar muito parecido ao das últimas eleições municipais, em 2016 – em que 32% dos candidatos eram mulheres –, e continua abaixo da média da população brasileira. (G1)