‘Trata-se de um psicopata e homicida’, diz Eduardo Cunha sobre Rodrigo Janot

Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

O ex-deputado Eduardo Cunha (MDB) disse, por meio de nota oficial divulgada nesta sexta-feira, 27, que o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot é um “psicopata e homicida que não merece respeito”. A afirmação foi uma resposta à declaração de Janot, em entrevista a VEJA, que o então presidente da Câmara teria sido responsável pelo arrombamento de sua residência. “No início de 2015, minha casa foi invadida e só levaram um controle remoto do portão. Era um recado, uma ameaça. Pelo cheiro, suspeito que foi obra de Eduardo Cunha. Não há evidência, é pelo cheiro mesmo”, disse.

“É tão absurda a acusação de invasão da sua casa, desprovida de qualquer prova, quanto é absurda a sua tratativa de homicídio do ministro do STF, Gilmar Mendes”, afirmou Cunha, fazendo referência a outra revelação feita por Janot na entrevista: a de que entrou armado no Supremo Tribunal Federal com o objetivo de matar o magistrado.

Para Cunha, o ex-procurador é “dotado de ódio pessoal contra mim e foi responsável pela divulgação de falsas acusações”. “Ele mesmo fala que o inquérito contra mim estava muito ruim, o que só prova que sou vítima de perseguição comandada por ele, que forçou delatores a mudarem versões contra mim e mesmo com o inquérito muito ruim, apresentou denúncias contra mim”, disse o ex-presidente.

Na entrevista, Janot diz que se arrependeu de ter delegado o fechamento de delações ao então juiz Sergio Moro e à força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba. “Deleguei e me arrependi. As delações do Paulo Roberto Costa e do Alberto Youssef estavam muito rasas. O primeiro inquérito contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também estava muito ruim”, afirmou o ex-procurador a VEJA.

Na nota, Cunha afirma, ainda, que irá à Justiça contra Janot. “Vou acioná-lo judicialmente, assim como espero que ele seja responsabilizado pela tentativa de homicídio”, disse. “Janot gostaria de ter ido ao STF como ministro, mas eu o frustrei quando aprovei a emenda dos 75 anos (idade limite para magistrados da Corte se aposentarem compulsoriamente), impedindo que houvessem mais vagas naquele governo”, completou.

(Veja)

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