O técnico Renato Paiva elogiou o primeiro tempo do Bahia, que definiu como brutal, após o empate com o Corinthians em 0 a 0, na Fonte Nova, neste sábado (22). O treinador português lamentou que o Tricolor não conseguiu vencer o Timão e conquistar os três pontos na partida válida pela 16ª rodada do Brasileirão.
“Fizemos um grande jogo na minha opinião. O primeiro tempo foi brutal da nossa parte. Não vulgarizamos o Corinthians no bom sentindo, porque é uma boa equipe com grandes jogadores e um treinador, obviamente. Praticamente não tiveram bola e assim que tinham, perdiam. A equipe estava bem posicionada no campo com uma semana inteira de trabalho. Acho que tivemos mais momentos durante o Brasileiro, não tão consistentes durante os 90 minutos, mas tivemos muitos momentos muito positivos. Não só na finalização, mas as vezes o último passe. Lembro de uma jogada de Ademir entrega no Cauly, que não vai. Ademir vai para dentro e a bola fica… Mas enfim, é um detalhe. É um jogo muito bem conseguido da nossa parte em que temos n finalizações e o adversário tem poucas ou nenhuma. O gol é um acerto ofensivo da nossa parte e não um erro, porque é um impedimento, e nós trabalhamos isso. Não posso dizer mais a não ser valorizar o trabalho dos jogadores e continuarmos nessa linha de defender melhor e mais juntos, mais à frente. É um passo que queríamos dar, mas às vezes nos custava, porque uma linha subia e a outra não, então trabalhávamos isso, mas também tínhamos pouco tempo durante a semana. É um jogo muito compacto, muito consistente da nossa parte. Outra vez lamentamos não somar os três pontos”, analisou na entrevista coletiva.
Os protestos da torcida seguiram após o apito final do jogo desta noite. Na saída do gramado, o técnico Renato Paiva foi o principal alvo das arquibancadas e até um copo foi arremessado em direção ao treinador. Na última sexta, a organizada Bamor foi até o CT Evaristo de Macedo pedir a saída do comandante. O português comentou a situação.
“A torcida é soberana, todas as torcidas são. Já disse várias vezes, eu tive uma reunião com a Bamor [torcida organizada do Bahia], com a torcida, no CT, é público, eles falaram sobre algumas falas minhas, uma delas foi dizer que quem manda é o City, e parece que desvalorizei a torcida em entrevista ao ge. Eu falei nessa mesma entrevista que a torcida sempre terá direito a opinião. Eu disse que quem é avalia meu trabalho é o Grupo City, porque estão no dia a dia, nos meus treinos, como trabalho com os jogadores. Isto não implica que a torcida não tem direito a falar sobre meu trabalho. Em todas as coletivas, ou em 95%, eu valorizei a torcida, e desafiei as pessoas da Bamor a trazer um vídeo onde eu fale mal da torcida. Não há. A única coisa que pedi é que não vaiem os jogadores durante os jogos, isso não ajuda. Podem vir para cima de mim, peçam a minha saída, mas concentrem a parte negativa em mim e não xinguem os jogadores. O que a torcida faz aqui, o Pepa, meu amigo do Cruzeiro, disse que isto é impressionante. Isso que eu quero”, afirmou. “O Grupo City avalia meu trabalho, porque é meu patrão, mas a torcida tem direito a opinião. Só não aceito insultos, mas faz parte. A sociedade está assim hoje em dia, mas nunca faltei com respeito à torcida do Bahia”, reforçou.
O Bahia é o 16º colocado com 14 pontos, dois a mais do que o Goiás, que ainda joga neste domingo (23), contra o Cruzeiro no Independência, na continuação da rodada. O Tricolor enfrenta o São Paulo no próximo domingo (30), às 11h, no Morumbi, pela 17ª jornada. A equipe paulista é a quinta colocada com 25.