UFBA encerra o ano com o menor orçamento desde 2014

Esta semana a UFBA começou a semana de acolhimento para os alunos. A maioria dos encontros serão online, onde serão informados as orientações para as aulas. Na foto: Fachada da UFBA em Ondina Foto: Olga Leiria / Ag. A Tarde Data: 07/03/2022

Universidade espera que a partir de janeiro Lula acabe com o atual “ciclo de desprezo à Educação”

Os bloqueios e cortes orçamentário impostos pelo governo federal durante o ano, que já chegam a quase  R$ 20 milhões, farão a UFBA (Universidade Federal da Bahia) encerrar as atividades com o menor volume de recursos desde 2014. A situação voltou a ser discutida em reunião nesta terça-feira, 6, entre membros da instituição de ensino.

Ao final, a Universidade divulgou um comunicado em que informa que “fechará o ano executando R$ 127,7 milhões em recursos de custeio”, que são aquelas que envolvem a despesas básicas, como bolsas e benefícios da assistência estudantil, contas de água, energia elétrica, limpeza e manutenção predial, por exemplo, e que isso representa R$ 15,4 milhões a menos do que o orçamento de oito anos atrás, “quando a Universidade tinha cerca de 15% menos estudantes, servidores e área construída”.

Além disso, ainda de acordo com a UFBA, houve bloqueio de “recursos de capital” para  para obras e equipamentos de R$ 3,4 milhões, além de R$ 7,9 milhões bloqueados em receitas próprias, “algo inédito”. 

A universidade argumenta que tem sofrido  defasagem orçamentária nos últimos anos. “Tendo em vista que o orçamento para despesas de custeio previsto para 2023 é de R$ 133,5 milhões, a Universidade precisaria de algo em torno de R$ 104 milhões a mais (78% além do previsto) apenas para repor o orçamento de custeio aos níveis de 2016”, afirma o comunicado. 

A UFBA espera que a partir do próximo ano, o governo Lula restabeleça a liberação de recursos. “A Universidade Federal da Bahia expressa enfim, mais uma vez, profunda indignação diante dos cortes praticados pelo atual governo, na expectativa de que a gestão que assume em 1º de janeiro encerre o atual ciclo de desprezo à Educação e à Universidade Pública, assim como à ciência, a cultura e as artes”.  (at)

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