Em entrevista ao programa de TV Conflict Zone, da emissora alemã Deutsche Welle, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra “era um homem de honra e um homem que respeitava os direitos humanos de seus subordinados”. Morto em 2015, Ustra foi o primeiro torturador condenado pelos crimes cometidos durante a ditadura militar e costuma ser homenageado pelo presidente Jair Bolsonaro.
“O que posso dizer sobre o homem Carlos Alberto Brilhante Ustra, ele foi meu comandante no final dos anos 70 do século passado, e era um homem de honra e um homem que respeitava os direitos humanos de seus subordinados. Então, muitas das coisas que as pessoas falam dele, eu posso te contar, porque eu tinha uma amizade muito próxima com esse homem, isso não é verdade”, disse.
Mourão afirmou que o governo não concorda com a tortura, mas defendeu que o antigo regime militar só poderá ser bem avaliado daqui a alguns anos: “Eles fizeram coisas muito boas pelo Brasil, e outras coisas não foram tão bem. E isso é história, e a história só pode ser julgada com o passar do tempo”.
O vice-presidente ainda disse que o governo brasileiro está fazendo um bom trabalho na luta contra a covid-19, apesar dos quase 150 mil brasileiros mortos pela doença no país. “Já curamos mais de 4 milhões de pessoas aqui no Brasil. Portanto, acho que, apesar desse número de casos e de mortes, lidamos muito bem com essa crise pandêmica”, disse. (Metro1)