Encontrar animais nas ruas de Santo Antônio de Jesus tem sido constante. Este foi o exemplo do Centro da cidade na última quinta-feira (30) onde a reportagem do Voz da Bahia se deparou com o número elevado de cachorros, principalmente, entre as Ruas 7 de Setembro e Armando Tavares. Esta situação tem causado muito incomodo e reclamação de parte dos moradores.

Ainda em conversa com o Voz da Bahia, uma moradora, que preferiu não se identificar, contou que mora no Centro da cidade há muito tempo e sempre que volta do trabalho encontra muitos animais pelas ruas. “Esses dias era 22h30 e a turma estava toda reunida no meio da porta. Não aguentei e tirei foto.

Incomodada com a situação, a munícipe disse que por várias vezes teve que desviar o veículo para não atropelar nenhum cachorro. “Acho muita falta de responsabilidade da prefeitura não resolver este problema e castrar esses animais. São cães sem raças definidas, soltos pelas ruas sem fiscalização”, reforçou.

Lembrando, que os cachorros abandonados nas ruas podem transmitir algumas doenças aos seres humanos quando eles não são devidamente tratados. As principais doenças transmitidas pelos bichos incluem micose, leptospirose, doença de Lyme, ancilostomose ou raiva, por exemplo.

Dr. Joan Souza, inspetor sanitário e responsável técnico da Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde, informou ao Voz da Bahia que a condição é crítica, “a situação dos animais de rua, principalmente quando se fala de cães, é muito grave. E, é na maioria das vezes, um problema ocasionado pelo abandono dos seus donos, que os soltam nas ruas. Já existe no município o intento para a criação de um centro de acolhimento, há inclusive uma lei na Câmara que cria o canil e o gatil municipal, mas o grande entrave atual é a dificuldade para encontrar um lugar propício para a construção destes equipamentos. Enquanto isso, outras estratégias foram criadas, pela atual gestão, como a ampliação do convênio com a ONG Amo Animais para ampliar a estrutura e a capacidade de acolhimento de animais de rua. Em paralelo, está acontecendo um novo cadastramento para licitação de empresas, para tocar o projeto de castração, que atua no controle populacional desses animais. Um fator complicador é que, além de ser um problema de zoonose, os animais de rua são uma situação cultural, a população alimenta os animais que voltam aos locais e, sempre que há uma fêmea no cio há um aumento da circulação de animais na área”, pontuou

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Reportagem: Voz da Bahia