O pastor Jorge Linhares compareceu ao Ministério Público, atendendo à intimação, e afirmou que o depoimento foi uma oportunidade de reiterar o que a Bíblia Sagrada diz a respeito de homens, mulheres e crianças.
“Nós só reafirmamos o que a Bíblia já fala: que Deus criou o homem e a mulher, e menino é menino, menina é menina, homem é homem, e mulher é mulher”, afirmou o pastor em entrevista ao SBT.
Dezenas de fiéis da Igreja Batista Getsêmani, além de funcionários do Colégio Batista Getsêmani, compareceram ao local do depoimento para manifestar seu apoio ao pastor mineiro.
A filha do pastor, Dani Linhares, publicou um vídeo em suas redes sociais em que o pai detalha os momentos do depoimento e expressa tranquilidade a respeito da situação.
“Foi maravilhoso! O promotor queria me conhecer, saber quem era o Jorge Linhares pessoalmente. […] Eu fui muito bem tratado desde o primeiro momento. O promotor [foi] muito educado, e eu pude mostrar pra ele que não sou um oportunista. Ele pensou que fosse até um ato político, partidário, e não era”, declarou.
Linhares afirmou também que o promotor Mário Konichi Higuchi Junior explicou que era preciso formalizar o encontro para esclarecer a situação, que se tornou polêmica por conta do compartilhamento, por parte do Colégio, de um vídeo refutando um comercial pró-ideologia de gênero do Burger King.
“Ele tinha que cumprir o papel dele, [que era] me convocar. E o termo jurídico é intimação. Eu não poderia usar o termo ‘estou sendo convidado’; tinha que ser intimação. Mas, depois que ele me conheceu, ele ficou muito feliz, [e] muito tranquilo. (…) E, agora, é aguardar”, acrescentou o pastor Linhares.
As manifestações em seu apoio foram surpreendentes, disse o pastor: “Quero agradecer a todos, que vieram aqui, na porta do MP. Eu acredito que o Colégio Batista Getsêmani está sendo um instrumento para que espaços sejam ocupados. […] Eu estava sendo porta-voz. […] O adulto pode fazer o que quer com seu corpo, mas as crianças não porque Deus nunca erra”.
Um dos advogados que compareceu ao MP para prestar assistência ao pastor, declarou que não era possível falar a respeito de todos os detalhes da conversa com o promotor: “Deu tudo certo. O pastor mostrou ao promotor que não houve crime nem discurso de ódio”, resumiu.