Acordo para libertação de reféns do Hamas é aprovado por Israel

Primeiro-ministro de Israel afirmou que guerra continua mesmo libertação de parte dos reféns

Foto: Governo de Israel

O governo de Israel aprovou nesta terça-feira (21), um acordo para a libertação de reféns detidos pelo grupo armado na Faixa de Gaza, após semanas de negociações. Apesar do anúncio, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que mesmo com o cessar-fogo, o confronto com o Hamas continua.

“Estamos em guerra, continuaremos em guerra, continuaremos em guerra até atingirmos todos os nossos objetivos. Destruiremos o Hamas, devolveremos todos os nossos sequestrados e desaparecidos e garantiremos que em Gaza não haverá nenhum partido que represente uma ameaça a Israel”, afirmou Netanyahu.
O acordo de cessar-fogo temporário em Gaza tem, como moeda de troca, a libertação de 50 dos quase 240 reféns sequestrados pelo grupo durante o ataque de 7 de outubro, que também deixou 1,2 mil mortos em solo israelense.

De acordo com o portal O Globo, 30 crianças e 20 mulheres serão liberados pelo Hamas e, em troca, Israel se compromete a soltar três prisioneiros palestinos para cada refém liberado, totalizando 150.

Como parte da negociação, o governo israelense também concordou interromper todos os ataques na Faixa de Gaza, aéreos e terrestres, por até cinco dias, e exigiu que a Cruz Vermelha possa visitar os reféns que continuarão sob custódia, garantindo seu acesso a medicamentos.

A libertação e transferência dos reféns de Gaza para Israel deve ocorrer em cinco etapas. Na primeira, o Hamas deverá entregá-los à Cruz Vermelha, que os levarão até representantes das Forças Armadas de Israel. Em seguida, serão submetidos a um exame médico inicial e levados a um dos seis hospitais que foram preparados para recebê-los.

Na terceira etapa, já no hospital, eles se reencontrarão com suas famílias. Nas duas últimas etapas, as autoridades avaliarão quais reféns estão em condições de relatar o que aconteceu para, só então, serem submetidos a um interrogatório.

A resolução foi aprovada pela maioria dos membros do gabinete do governo israelense, em votação que durou mais de seis horas.

(Bnews)

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