Adolescente de 12 anos vítima de estupro coletivo na BA saiu da escola após ‘virar chacota’ entre os suspeitos, diz pai da jovem

Caso é investigado pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Segundo a família da garota, o caso aconteceu no dia 20 de junho. A menina estava em frente a uma escola municipal, quando foi abordada por dois colegas.

A adolescente de 12 anos que foi agredida e estuprada por ao menos quatro jovens, com idades entre 15 e 18 anos, no subúrbio de Salvador, teve que sair da escola após “virar chacota” entre os suspeitos, segundo relatou o pai da menina, que não quis ser identificado.

“Ela teve que sair da escola por causa de chacota, porque, antes de cair no conhecimento, eles ficavam fazendo chacota [de minha filha], falando um para o outro: ‘oh lá, aquela ali'”.
Segundo a família da vítima, o caso aconteceu no dia 20 de junho, no bairro de Fazenda Coutos 3. A vítima estava em frente a uma escola municipal, quando foi abordada por dois colegas adolescentes, que teriam levado a menina à força até um estabelecimento comercial. Lá estavam outras duas pessoas: um adolescente e um maior de idade. No local, ela foi agredida e estuprada pelo grupo.

Ainda de acordo com o pai da menina, a filha está com medo de sair de casa e muito estressada, no entanto, ele não detalhou se ela está tendo acompanhamento psicológico.

“Eles [suspeitos] estão andando normalmente, como se nada tivesse acontecido. Tem um deles que, domingo agora participou do campeonato e levou a filha, que é, inclusive, uma bebê. Ele com uma bebê e fez isso com uma criança. O que passa pela cabeça de um indivíduo desse?”.

A Secretaria Municipal da Educação de Salvador (Smed) disse que tomou conhecimento do fato pouco depois do ocorrido e convocou os pais da vítima, bem como os pais e responsáveis dos suspeitos que estudam na escola. Também orientou que a família da jovem denunciasse o caso à polícia. O órgão municipal ainda afirmou que tem colaborado com as investigações.

O caso foi registrado na Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca) e a família da menina cobra celeridade nas investigações.

Segundo a polícia, mais detalhes não podem ser divulgados, porque as apurações deste tipo de crime correm em segredo de Justiça. (G1)

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