Advogado leva filho para sessão do STJ e chama a atenção de ministros

Foto: Divulgação

Uma cena fofa chamou a atenção dos participantes da sessão de julgamento da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na tarde desta quinta-feira (18). O advogado Felipe Cavallazzi, que é pai, levou o filho bebê para o plenário da Corte. Ele estava com uma causa pautada para a sessão e era o dia de ficar com seu filho. Ao ver a presença da criança, o ministro Mauro Campbell antecipou o julgamento, invocando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Ao antecipar o julgamento, o ministro afirmou que a Turma estava “sendo honrada pela presença do Lo…, [que está] muito bem comportado, que já se agasalhou por causa do frio”. A sugestão foi aceita na hora pelos demais ministros. “Observo que o Lorenzo, na hora que o nome dele foi citado, olhou pro pai. Está atento”, disse o ministro Herman Benjamin. “Se comportou brilhantemente”, elogiou Mauro Campbell. 

De acordo com o Portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, o advogado está divorciado. “Como era meu dia, trouxe para um dia de trabalho meu. Não queria abrir mão desse momento”, disse ele, que fez o experimento pela primeira vez. “Lorenzo sempre foi muito comportado. Sempre vamos à missa e ele não chora. É uma criança tranquila”, disse o advogado. “Costuma dar mais trabalho quando está com sono ou com fome, mas ele veio dormindo no caminho”, completou ele, que ainda agradeceu ao ministro Mauro Campbell. “Não esperava isso do ministro, dar preferência ao meu caso. Fico muito agradecido”, disse o defensor. 

No Instagram, o advogado relatou mais sobre a experiência, que “ser um pai à distância, nunca foi uma opção” e, que, na infância, por vezes, acompanhou os pais e avós no trabalho. “Este contato dos filhos com o ambiente de trabalho de sua família é saudável, não só pelo tempo de convivência. Em primeiro lugar, os filhos precisam entender que, como disse Cortella, o dinheiro não é algo que simplesmente sai de uma máquina depois de apertar alguns botõezinhos. Depois, porque é importante nossos filhos terem este contato com o ambiente profissional, para saberem se portar em diferentes locais. Por fim, para poderem aprender sobre o quais profissões e ambientes gostam ou não e conseguirem desenvolver sua vocação (o prof. Eduardo Mello e Souza sobre isso)”, narrou. Além disso, acrescentou que, através da atitude do ministro Mauro Campbell, o STJ, mais uma vez, “se prova como o tribunal da cidadania”, e contextualizou que levar filhos para o trabalho é a realidade de muitas mães.

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