Cento e setenta equipamentos sonoros foram apreendidos entre sábado (5) e a madrugada desta segunda-feira (7), durante uma operação de combate à poluição sonora em Salvador. De acordo com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) o número é um recorde desde o início da pandemia.
No total, foram 134 bairros fiscalizados e 392 vistorias ao todo. A Operação Sílere, que fiscaliza o cumprimento do decreto de proibição de som alto por causa da pandemia da Covid-19, fez 60 apreensões, resultando nos 170 aparelhos retidos.
A subcoordenadora de Combate à Poluição Sonora da Semop, Márcia Cardim detalhou os espaços onde foram feitas as apreensões.
“Infelizmente, nesse final de semana a gente bateu recorde de apreensões de equipamento sonoros. Foram 60 apreensões realizadas, sendo 30 em veículos e 20 em logradouros públicos, o restante em estabelecimentos comerciais. A gente percebe que infelizmente as pessoas não estão entendendo o momento em que a gente está vivendo, por conta da quantidade de pessoas descumprindo”, disse.
Márcia falou também sobre a reincidência da população no descumprimento do decreto. Segundo ela, as equipes têm feito as apreensões dos aparelhos sonoros, mas a população volta a fazer as festas após a saída da Semop.
“No Candeal, por exemplo, nós tivemos duas vezes em uma noite só. Tivemos várias denúncias, fizemos a apreensão de dois veículos automotores, saímos, seguimos a operação, recebemos denúncia novamente pelo 156 e, quando retornamos, tinha uma quantidade absurda de pessoas na rua, aí fizemos novamente apreensão e equipamentos sonoros. Infelizmente, a maioria das pessoas sem o uso de máscaras. Mais de 500 pessoas no Candeal”, conta Márcia.
A subcoordenadora da Semop falou ainda sobre pessoas que estão promovendo festas com som automotivo, os chamados “paredões”, nos estacionamentos de supermercados e posto de gasolina.
“A Semop vem trabalhando na Operação Sílere, que é uma operação em conjunto com a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Transalvador, para tentar coibir e inibir as pessoas de estarem indo para as ruas. A gente tem um outro fenômeno, que as pessoas estão indo para estacionamentos de supermercado 24h, levando cooler, abrindo [porta] malas de carro, nos postos de gasolina também, principalmente na área de Stella Maris. A gente pede à sociedade para que entenda o momento em que a gente está vivendo, para que não haja um retrocesso de fechamento dos estabelecimentos comerciais”, pediu. (G1)