O concurso da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Famed-Ufba) entrou em disputa judicial após uma candidata contestar o resultado. A otorrinolaringologista Lorena Pinheiro Figueiredo, que havia sido aprovada pela Lei de Cotas, teve sua nomeação barrada por decisão da Justiça.
Lorena, que ficou em primeiro lugar na categoria de cotas para negros e em quarto na classificação geral para a vaga de Professora Adjunta no Departamento de Cirurgia Experimental e Especialidades Cirúrgicas, compartilhou a situação nas redes sociais.
A vaga, publicada no Diário Oficial da União em 13 de agosto, era destinada preferencialmente a um candidato autodeclarado negro. No entanto, uma liminar obrigou a Ufba a nomear a primeira colocada na ampla concorrência, impedindo a nomeação de Lorena.
A decisão judicial veio após a outra candidata entrar com um mandado de segurança, argumentando que, por se tratar de uma única vaga, ela não deveria ser reservada para cotistas. A universidade havia defendido a aplicação da Lei de Cotas, mas a Justiça decidiu a favor da reclamante.
Lorena, que se destacou por sua pesquisa sobre perda de olfato pós-Covid-19, expressou sua frustração nas redes sociais, afirmando que se sentiu desrespeitada e violada pela decisão. A Ufba reconheceu a limitação da Lei de Cotas em casos de poucas vagas, mas ressaltou a intenção de ajustar sua aplicação para cumprir o percentual estabelecido pela legislação.
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