Numa ironia, a defesa feita por um ministro da Educação de que os livros escolares precisam ensinar que 1964 não registrou um golpe irritou a cúpula militar e pode ser a gota d´água no seu processo de fritura. A Folha apurou que integrantes da ativa e do núcleo militar do governo Jair Bolsonaro que a afirmação feita na quarta (3) pelo ministro sobre a narrativa histórica do golpe é apenas uma tentativa dele para manter-se no cargo. Eles farão chegar ao presidente Jair Bolsonaro que a paciência com o ministro acabou. Isso porque os fardados, em sua maioria, compartilham a ideia de que o golpe militar que completou 55 anos no domingo passado (31 de março) foi um movimento decorrente de uma mobilização de parcela expressiva da população contra o que chamam de risco de tomada comunista do poder. A derrubada do governo de João Goulart e os subsequentes 21 anos de ditadura teriam de ser inseridos nessa visão, segundo essa interpretação. (Notícias ao Minuto)