A área sob alerta de desmatamento em julho nos 26 municípios da Amazônia nos quais as Forças Armadas realizam a Operação de Garantia da Lei da Ordem (GLO) ficou praticamente igual ao patamar do mesmo mês em 2020.
A queda foi de 2,6% nesses locais, enquanto nas cidades fora da lista oficial de regiões prioritárias a redução foi quase sete vezes maior, de 17,3%.
As informações são do levantamento do Fakebook.eco, com base em dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Diferentemente das duas primeiras, dessa vez a GLO é focada em 26 cidades específicas, em quatro estados: Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia. O custo é de cerca de R$ 50 milhões, segundo o vice-presidente Mourão.
“Os números reforçam que a GLO não está resolvendo o problema. Já é a terceira vez que estão tentando realizar esse tipo de operação e já está muito claro que ela gasta muito dinheiro e não resolve. Essa presença maciça de militares na região não é solução para o desmatamento nem para outras infrações ambientais” afirma Suely Araújo, especialista sênior em políticas públicas do Observatório do Clima e ex-presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ao jornal O Globo. (Metro1)