Dia da Mulher: ‘Mais importante é estar aos pés de Jesus, como Maria’, diz teóloga

“A nossa identidade como filhas de Deus não depende de uma lista de afazeres, mas da sua graça em nossas vidas.”

Foto: Reprodução

No Dia da Mulher, um dos temas mais tocados envolvendo o universo feminino é o da identidade feminina na sociedade. Sobre isto, a teóloga Alana Farias explicou que acima de quaisquer cobranças por parte da sociedade, o mais importante é estar aos pés de Jesus,  assim como fez Maria.

Mestre e cursando doutorado em Ciências da Religião, Alana descreveu como a mulher tem sido pressionada a entregar para a sociedade diferentes funções, algo que deve ser encarado com bastante discernimento.

“A nossa identidade como filhas de Deus não depende de uma lista de afazeres, mas da sua graça em nossas vidas. Uma vez que entendemos isso, cumprimos todas as nossas obrigações diárias com leveza e glorificando a Deus!”, disse Alana.

Não só a sociedade, mas também a “religiosidade”, segundo a teóloga, tem adicionado cobranças indevidas sobre a mulher. Segundo Alana, o somatório de tudo isso resulta em um peso difícil de suportar, caso essas exigências não sejam priorizadas com sabedoria.

“Precisamos ser excelentes profissionais e buscar renda para a nossa casa, mas também temos que cuidar dos afazeres domésticos e deixar o nosso lar impecável. Ao mesmo tempo, precisamos dar atenção aos nossos maridos e filhos (no caso das casadas) e realizar tudo isso com a aparência perfeita, cabelos arrumados, unhas feitas e cheirosas”, exemplifica a teóloga.

“Quando não conseguimos dar conta de tudo, acabamos até mesmo duvidando da nossa feminilidade. Será que eu estou sendo uma mulher bíblica?”, questionou Alana em uma entrevista para o portal Guiame, que conclui:

“A excessiva preocupação com o desempenho acaba nos aprisionando e nos fazendo esquecer do que realmente importa, que é estar aos pés de Jesus, como Maria fez. Devemos cumprir as nossas obrigações com excelência, mas também com equilíbrio, lembrando que Jesus quer primeiramente o nosso coração, não as nossas obras. Elas são apenas consequências da nossa fé”.

Gospel + / por Will R. Filho

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