O Partido dos Trabalhadores (PT) defende a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026, um ponto de vista contrário ao que pensa o chefe do Executivo, que disse durante a campanha que estar disputando sua última eleição.
Durante reunião do Diretório Nacional, na última segunda-feira,28, o PT também mandou recados a ministros, militares e titulares do Judiciário.
O documento, divulgado nesta quarta-feira,30, tem como principal tema as eleições municipais em 2024. No entanto, cita diretrizes para assuntos centrais ao governo, como a votação do Marco Temporal, o novo PAC, políticas afirmativas e o combate ao bolsonarismo. O diretório é composto por cerca de 100 integrantes.
“As eleições municipais de 2024 demarcam um momento estratégico para a construção de uma sólida aliança popular e democrática que promova a recondução do Governo Lula em 2026”, diz a resolução.
Nos 37 pontos que constam no texto, há mensagens para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, ao presidente da Câmara, Arthur Lira, e ao ministro da Casa Civil, Rui Costa. Os diretores do partido também vedam o apoio a candidatos identificados com o “projeto bolsonarista”.
“No momento em que o Supremo Tribunal Federal deve retomar o julgamento do ‘marco temporal’, manifestamos a expectativa de que a Suprema Corte reafirme os direitos dos povos indígenas, como ocorreu em decisões anteriores. Esta expectativa de uma atuação em defesa da civilização é reforçada por recentes decisões e avanços do STF neste sentido”, diz o texto.
“São eles: a equiparação da ofensa contra pessoas LGBTQIA+ ao crime de injúria racial; a abertura de ação sobre a violência contra povos indígenas Guarani-Kaiowa pela Polícia Militar de Mato Grosso do Sul; a manutenção, ainda que parcialmente, do princípio da insignificância e o avanço na descriminalização do porte de cannabis para uso pessoal, passo importante para a mudança na equivocada e letal política de guerra às drogas.”, acrescenta o documento.
A resolução do PT também defende a punição a militares golpistas e medidas para limitar o poder deles. “É urgente uma tomada de posição contundente em relação ao papel dos militares em nossa democracia, delimitando suas funções ao que está previsto na Constituição”, detalha o documento.
“O comprovado envolvimento de oficiais graduados, ex-comandantes, bem como policiais militares e outros membros das Forças Armadas na sustentação da tentativa de golpe em 8 de Janeiro não permite leniência.” (A Tarde)