Ex-policial suspeito de matar casal em bar na Bahia passará por júri popular; homem está preso há oito meses

Crime aconteceu em julho de 2022 e foi motivado por uma discussão. Júri será na quarta (22), em Barreiras.

Foto: Reprodução/TV Oeste

Um ex-policial militar suspeito de matar um casal a tiros em Barreiras, no oeste da Bahia, passará por júri popular na quarta-feira (22), no Fórum Tarcilio Vieira de Melo. O crime aconteceu em julho de 2022 e foi motivado por uma discussão.

Wilton Bezerra de Luna está preso há oito meses no Presídio Regional, em Barreiras. Ele chegou a fugir após o crime, mas foi encontrado quatro dias depois, durante uma fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF) próxima a cidade de Seabra, no sudoeste do estado.

O suspeito tinha uma relação conflituosa com o casal, identificado como Sebastião Robson Ribeiro, de 61 anos, conhecido popularmente como “Tião”, e Fernanda da Cruz Fernandes, 46. Testemunhas informaram que o conflito ocorria principalmente por causa do som alto no estabelecimento.

De acordo com Irene Fernandes, irmã da vítima, no dia do crime houve uma briga, Wilton se exaltou e ameaçou Fernanda de morte. Logo depois, efetuou diversos disparos contra o casal.

“Eles discutiram e ele a ameaçou de morte. Ela foi até a casa dele para pegar o celular para ligar a polícia. Neste momento, ele fez o primeiro disparo, na cabeça dela, que foi fatal. Depois ele entrou dentro da casa dela e matou o esposo, que foi surpreendido”.

“Ele deu seis disparos no Tião e quatro na minha irmã”, explicou a irmã.

Segundo o advogado do suspeito, Júlio Cezar Miranda, o ex-policial

“Ele se excedeu na legítima defesa, mas ele se sentiu ameaçado naquele momento pelas possíveis vítimas e pelos frequentadores do bar. Quando viu que não era mais possível o diálogo, ele agiu em legítima defesa sua e da sua família, esposa e filha”, disse.

As investigações foram concluídas ainda no ano passado e Wilton irá responder pelos dois homicídios qualificados e poderá ser condenado a uma pena superior a 30 anos. Além disso, o crime foi cometido por motivo fútil.

A irmã da vítima espera que o ex-policial pague pelos crimes cometidos.

“Ela nos deixou de uma forma absurda, ela foi arrancada da gente. É uma dor indescritível, que não desejo para ninguém” (g1)

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