Um dia após colaborar com uma das tentativas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de trazer de maneira ilegal ao Brasil joias para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o então chefe do Fisco, Julio Cesar Vieira Gomes, foi indicado como adido – membro do corpo diplomático estrangeiro – para ocupar um cargo em Paris, na França. As informações são da colunista Andréia Sadi.
Vieira foi até o Aeroporto de Guarulhos, no dia 29 de dezembro, para negociar com o responsável pelo órgão no local a recuperação das peças sauditas que haviam sido apreendidas, no entanto, os esforços do auditor-fiscal não foram bem sucedidos e as pedras preciosas permaneceram no local.
Pouco tempo depois, o posto em Paris foi criado, no dia 26 de dezembro, e, no dia 30 do mesmo mês, a nomeação de Vieira foi publicada no Diário Oficial da União, assinada pelo vice-presidente do Brasil na época, Hamilton Mourão, já que Bolsonaro tinha viajado aos Estados Unidos.
Além de Vieira, Mourão nomeou o auditor-fiscal, José de Assis Ferraz Neto, como adido da Receita Federal nos Emirados Árabes Unidos. Antes de ser indicado, Assis ocupava o cargo de subsecretário-geral da Receita e supostamente agia a favor dos interesses de Bolsonaro, de quem era apoiador. (metro1)