Justiça bloqueia imóveis de Gusttavo Lima em processo criminal

Cantor é investigado por suposta ajuda a fugitivos de operação contra jogos ilegais e lavagem de dinheiro.

Foto: Instagram/Gusttavolima

A Justiça de Pernambuco determinou o bloqueio de todos os imóveis registrados em nome do cantor Gusttavo Lima. A decisão, proferida pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, ocorre no contexto da prisão preventiva do artista, que é suspeito de ter auxiliado duas pessoas investigadas a deixarem o país. A defesa de Gusttavo Lima nega as acusações.

Com essa determinação, todos os bens imóveis do cantor ficam indisponíveis para venda ou alteração de titularidade. Em caso de condenação, esses bens poderão ser penhorados para saldar eventuais multas impostas pela Justiça.

Entre os imóveis afetados está uma mansão em Goiânia, avaliada em cerca de R$ 50 milhões, que conta com uma piscina imensa, academia particular, quadras poliesportivas, lago para pesca, heliponto, salões de festas, salas de jogos e um estúdio musical.

Esta decisão se soma a um bloqueio anterior de R$ 20 milhões em bens de empresas associadas ao cantor. O bloqueio abrange propriedades registradas tanto no CPF quanto no CNPJ de Gusttavo Lima. A juíza também ordenou o sequestro cautelar dos imóveis, uma medida prevista pelo Código de Processo Penal e pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que deve ser aplicada quando há indícios de que o bem foi adquirido com recursos de atividades ilícitas.

Além do bloqueio de bens e da prisão, a decisão inclui a suspensão do passaporte de Gusttavo Lima e do registro de sua arma de fogo, bem como a proibição de qualquer permissão para porte de arma.

A investigação se concentra em uma suposta organização criminosa envolvida em jogos ilegais e lavagem de dinheiro. Segundo a Justiça, o cantor teria auxiliado José André da Rocha Neto, proprietário da casa de apostas VaideBet, e sua esposa, Aislla Rocha, a permanecerem fora do país, evitando a entrega à Justiça. Ambos têm mandados de prisão em aberto desde a operação Integration, deflagrada em 4 de setembro, que também visou a influenciadora e advogada Deolane Bezerra.

A defesa de Gusttavo Lima classifica a prisão como injusta e afirma que ele é inocente, prometendo tomar as medidas legais necessárias. Em nota, afirmaram: “O cantor Gusttavo Lima jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela polícia pernambucana.”

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