A Justiça de São Paulo decretou, na última quarta-feira (7), a falência da Máquina de Vendas, controladora da Ricardo Eletro. A medida pode encerrar as operações de uma empresa que já foi uma gigante do varejo, com mais de 1.200 lojas, faturamento de R$ 9,5 bilhões e 28 mil funcionários.
Desde 2015, quando o fundador, o empresário Ricardo Nunes, foi acusado de sonegação de impostos, que a companhia enfrenta uma série de dificuldades financeiras.
Segundo nota emitida pela empresa, o processo de retomada, por conta de crises anteriores, foi interrompida por conta da pandemia de Covid-19. Açém disso, de acordo com o comunicado, “desde janeiro deste ano, a companhia passou a enfrentar dificuldades no recebimento de produtos chineses destinados à renovação de estoques, devido à paralisação de fornecedores. Em seguida, houve um estrangulamento de caixa provocado pelas necessárias medidas de distanciamento social também no Brasil”.
“Nesse contexto, a alternativa da recuperação judicial mostra-se o caminho mais viável para que a empresa siga com suas operações normalmente e promova a reorganização administrativa e financeira necessária para superar a situação momentânea de crise e ajustar-se estruturalmente para a nova realidade com varejo, no pós-pandemia”, declarou.
A Ricardo Eletro tem apenas um e-commerce, mas com poucos produtos disponíveis. Todas as lojas físicas foram fechadas em 2020. (Bahia.ba)