Mandetta vê baixas chances de impeachment para Bolsonaro e afirma não ser hora de costurar apoios para 2022

Foto: Divulgação

Um dos nomes apontados como presidenciáveis para 2022, o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), afirmou que participará da movimentação para o próximo pleito eleitoral mesmo com as especulações de que seu partido possa apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro (Sem partido), com o qual cortou relações após sua demissão do ministério em abril do último ano.

Em entrevista para o programa Isso é Bahia, da rádio A TARDE FM (103.9), Mandetta afirmou que ainda não é o momento dos partidos articularem apoios e que o foco deve ser no enfrentamento da pandemia.

“Todos os partidos estão em um momento de acomodação de quais são as suas perspectivas. Acabamos de sair de uma eleição da Câmara onde o Rodrigo Maia quis mostrar um caminho e outro partido quis outro caminho, então acho que esse debate vai acontecer na hora certa. Eu irei participar e quero estar disponível para ajudar em algo que eu acredite, que eu ache que valha à pena. Quero ver esse país em um caminho correto”, avaliou.

Tendo votado a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016, durante seu mandato como deputado federal, Mandetta avaliou a possibilidade de haver um movimento semelhante para impichar o presidente Bolsonaro. Na sua opinião, a ausência de manifestações populares de grande porte, como a de 2016, e a composição das Casas legislativas em Brasília dificultam que um processo dessa natureza seja cogitado nesse momento.

“Naquele momento a gente via o povo na rua e o próprio PT fez o impeachment da Dilma. Acho até que os motivos pro impeachment dela eram muito frágeis e se compararmos com os possíveis motivos para Bolsonaro, de negligência com a vida, ficam ainda menores. Mas não vejo clima. Ele acaba de eleger o presidente do Senado e aquele mundo ali de Brasília não dá nenhum indicativo de que isso poderia ir à frente”, pontuou. (A Tarde)

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